O Governo vai rever os períodos, valores e condições de atribuição de fundos de compensação aos mariscadores da Praia de Monte Gordo, que estão impedidos de capturar bivalves devido à presença de toxinas. A garantia foi dada numa reunião entre a Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e os mariscadores da Baía de Monte Gordo com o Secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu.
Segundo a Câmara de Vila Real de Santo António, as interdições na zona L9, localizada na Praia de Monte Gordo «estão a afetar a subsistência de muitas famílias que vivem da atividade da mariscagem».
«No caso da praia de Monte Gordo, estamos a falar da subsistência de mais de 500 famílias que, direta ou indiretamente, vivem desta atividade, pelo que necessitamos de soluções concretas que resolvam os problemas das pessoas», considera Conceição Cabrita, vice-presidente da Câmara Municipal de VRSA.
Segundo a autarquia, «na reunião ficou igualmente acordada a possibilidade de financiar a instalação de uma depuradora em Vila Real de Santo António, de forma a ultrapassar as proibições decretadas pelo Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), o que daria aos mariscadores a oportunidade de laborar durante todo o ano e de valorizar o preço da conquilha no mercado».
No mesmo encontro, a autarquia de VRSA adianta que «solicitou ao Secretário de Estado do Mar maior celeridade na divulgação dos resultados das análises que estão na base das interdições de apanha e captura de moluscos bivalves, tendo em consideração que diversos parâmetros publicados na página do IPMA se encontram desatualizados e reportam apenas aos meses de março ou abril».