António Costa, secretário-geral do Partido Socialista, que visitou, este sábado, em S. Teotónio, a Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira (FACECO), disse que «é muito grave que o primeiro-ministro ou desconheça a realidade ou, pior ainda, que queira enganar os portugueses quanto à realidade» do desemprego.
O líder nacional dos socialistas acusou o Governo de ser o responsável pela maior destruição de postos de trabalho desde há muito tempo: «vivemos, nos últimos anos, a maior destruição de postos de trabalho que tivemos há muito tempo, foram 320 mil postos de trabalho que se perderam, e não podemos deixar de ter em conta que o desemprego mais do que estatística são pessoas em concreto que perderam os seus postos de trabalho».
António Costa disse que os «160 mil postos de trabalho recentemente criados foram em regime de emprego e inserção, ou seja, são emprego subsidiado, que tem um impacto estatístico, mas tem tido um impacto muito reduzido na criação efetiva de postos de trabalho».
Para o secretário-geral do PS, estes têm sido «anos de uma precarização absoluta das relações de trabalho», uma vez que, denunciou, «90% dos contratos de trabalho que têm sido celebrados têm sido a prazo e só 20% se têm convertido em contratos definitivos».
Na sua visita à FACECO, que está a decorrer em S. Teotónio desde sexta-feira, encerrando hoje, domingo, 19 de julho, António Costa foi recebido pelo presidente da Câmara de Odemira, o também socialista José Alberto Guerreiro, e pelo líder da concelhia do PS, Hélder António Guerreiro, entre outros autarcas e dirigentes locais e regionais.
O líder nacional dos socialistas fez depois uma visita demorada ao certame, dando especial atenção ao Artesanato, Institucional, Políticas Sociais, Empresas e Produtos Locais, assistindo ainda a manifestações culturais decorrentes da programação do próprio evento.
Fotos: Diogo Candeias/Sul Informação