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O livro de receitas «Cataplana Algarvia: Tradições e Recriações» acaba de ser editado em português, espanhol e inglês para levar a cataplana e a gastronomia do Algarve além-fronteiras em mais de 40 receitas.

A publicação pode ser descarregada gratuitamente no sítio da Internet dedicado ao ícone da cozinha regional, http://cataplanalgarvia.pt, e no portal promocional da Região de Turismo do Algarve (RTA).

Antes de meter mãos à obra – que reúne 30 confeções do litoral, barrocal e serra algarvia e 13 da autoria de chefes de cozinha convidados –, é indispensável conhecer o projeto Cataplana Algarvia, criado para revelar os segredos do utensílio e da confeção deste prato da cozinha regional.

Promovido em parceria pela Tertúlia Algarvia, pela RTA e pela Associação Turismo do Algarve, o projeto desenvolveu conteúdos e promoveu experiências no país e no estrangeiro nos últimos dois anos, contando, para o efeito, com o financiamento do Programa Operacional Algarve 21.

A entrada no mundo da cataplana faz-se através de demonstrações de cozinha ao vivo realizadas junto de residentes, turistas, jornalistas e operadores turísticos, de vídeos de receitas de cataplana apresentados por conceituados chefes de cozinha, tais como Augusto Lima, Chakall, Henrique Leandro, Justa Nobre e Nuno Diniz, disponíveis online em vários idiomas, e dos programas de experiências Cataplana com todos, que desafiam o público a vestir o avental e a participar numa aula de culinária que culmina numa refeição recheada de sabores e aromas algarvios.

Agora, com a edição do livro – qual manual de instruções –, é hora de tirar a cataplana do armário e adotar o conceito faça você mesmo para experimentar, passo a passo, uma das muitas receitas com ingredientes tipicamente algarvios, incluindo peixes e mariscos do litoral, carnes e legumes do barrocal ou caça e ervas aromáticas da serra, para além das receitas de autor e recriações feitas a pensar no projeto.

De preparação simples e rápida, a cataplana de bivalves é feita com amêijoas, lingueirão, berbigão e mexilhão e guarda os sabores e aromas da costa algarvia.

Mais elaborada, a cataplana de galinha com batata-doce e amêijoas é uma adaptação do tradicional prato “Dona Galinha Foi à Praia” e revela-se um casamento feliz entre sabores serranos, do barrocal e do litoral.

Mais surpreendente, a cataplana de javali não dispensa a companhia de legumes e aromáticas para despertar os sentidos aos aficionados da boa gastronomia.

Ao todo, são 43 receitas à espera de serem postas à prova com a ajuda da cataplana, recipiente característico, originalmente em cobre ou latão, formada por duas partes côncavas que se fecham sobre si de forma estanque, com raízes ligadas à influência árabe do Norte de África que, durante mais de 500 anos, marcou a identidade histórico-cultural do Algarve.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues/Sul Informação

 

 

A Tertúlia Algarvia, a Região de Turismo do Algarve (RTA) e a Associação Turismo do Algarve realizaram, no passado dia 15 de julho, a sessão de encerramento do projeto Cataplana Algarvia, financiado pelo Programa Operacional Algarve 21.

Para esta sessão e sob a batuta do chefe Augusto Lima, houve uma dúzia de cozinheiros de serviço, nomeadamente os presidentes da RTA (Desidério Silva) e da CCDRA (David Santos), o responsável pela Tertúlia Algarvia (João Amaro), outros chefes profissionais, jornalistas, representantes das entidades promotoras e financiadoras do projeto.

Todos vestiram o avental e a participaram numa aula de culinária, que culminou com uma refeição, onde puderam partilhar as delícias da cataplana de “ventresca” (barriga de atum), cozinhada ali mesmo, a muitas mãos.

Antes, os participantes tinham visitado o Mercado Municipal de Faro, para comprar os ingredientes frescos, e depois puseram as mãos na massa.

Na sessão, Desidério Silva mostrou-se agradado com os resultados alcançados com este projeto, sublinhando que a sua “preocupação enquanto presidente da RTA é a de promover a diversidade da oferta da região e a gastronomia é, sem dúvida, uma das nossas mais-valias”.

Também o presidente da direcção da Tertúlia Algarvia se mostrou satisfeito com os resultados alcançados e fez questão de “destacar a articulação dos vários parceiros e o papel da comunicação social”, que “em muito contribuíram para o aumento da notoriedade da cataplana”.

João Amaro aproveitou este momento de balanço para lançar quatro desafios para o futuro: “incentivar mais portugueses a usarem a cataplana nas suas cozinhas”; “transferir a história da cataplana para as gerações mais novas”; “continuar a internacionalização da cataplana“ e “potenciar o fabrico do utensílio na região”.

Em resposta a este quarto desafio, David Santos, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, disse que “uma das formas de resolver o problema de não se fabricar cataplanas na região” seria através do “envolvimento dos artesãos do projeto TASA”.

 

Livro «Cataplana Algarvia: Tradições e Recriações»

Download da edição em Português

Download da edição em Espanhol

Download da edição em Inglês

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