A Direção Regional da Cultura do Algarve (DRCultAlg) está a mudar de instalações, passando a funcionar, a partir da próxima segunda-feira, no edifício na zona da Penha, em Faro, que antes albergava a extinta Direção Regional de Economia.
Para culminar o processo, no passado dia 15 de julho, a DRCultAlg assinou um protocolo de cedência de instalações com a Direção Geral de Energia e Geologia, que veio permitir a mudança em curso.
O projeto de mudança, disse a diretora regional de Cultura ao Sul Informação, «teve vários interlocutores e vários espaços pensados ao longo de alguns anos».
Em todos os casos, «houve sempre condicionantes várias relacionadas com questões de propriedade, de necessidade de investimento em obras volumosas, de compatibilização de usos diversos e de adequação de instalações e de acessibilidades que inviabilizaram as opções e que foram discutidas com entidades de âmbito local e regional».
Apesar do trabalho que dá a mudança, já que é preciso «encaixotar, empacotar e carregar tudo», Alexandra Rodrigues Gonçalves salienta que as novas instalações têm muitos «pontos positivos», a começar pela abundância de estacionamento.
«Por um lado, deixamos de estar na Baixa de Faro, o que pode ter algum impacto, trocando-a por uma localização um pouco marginal. Mas, para nós e mesmo para quem vem aos nossos serviços, sobretudo quem vem de fora de Faro, as novas instalações têm estacionamento», que era difícil de encontrar nas instalações anteriores, numa rua das traseiras do Teatro Lethes.
Por outro lado, passa a ser possível «concentrar num único piso toda a equipa da Direção Regional de Cultura do Algarve, favorecendo uma melhor articulação entre serviços e o trabalho em equipa».
As novas instalações permitirão igualmente «organizar o acesso público à Biblioteca e ao acervo da Direção Regional», já que, salienta Alexandra Gonçalves, «teremos espaço para uma sala a ser utilizada por quem quiser consultar algum livro da biblioteca». Haverá igualmente uma melhor organização dos arquivos documentais.
Outra valência importante será «a criação, nas caves, de uma área de reserva arqueológica», nomeadamente para guardar «os bens arqueológicos dos monumentos» sob tutela da Direção Regional de Cultura.
Por outro lado, tendo em conta que o edifício alberga ainda serviços da Direção Geral de Energia e Geologia, IAPMEI e ASAE, haverá uma «redução de custos associada à partilha com as outras entidades que aí desenvolvem as suas atividades».
Uma das vantagens será o facto de a DRCultAlg passar a ter acesso a um auditório e a salas de formação, partilhados por todos os serviços instalados nos edifícios.
Devido à mudança de instalações, hoje e amanhã, dias 30 e 31 de Julho, não haverá atendimento telefónico e ao público por parte da Direção Regional de Cultura do Algarve.
«A mudança em si já está a ser feita, mas precisamos desses dias para a mudança das redes informáticas e de telecomunicações», explicou a diretora Alexandra Gonçalves.
Tudo para que, a partir de segunda-feira, 3 de agosto, aqueles serviços já estejam na sua nova morada, na Rua Prof. António Pinheiro e Rosa, 1, 8005-546 Faro.
Durante a próxima semana, de 3 a 7 de agosto, o contacto preferencial com aquela entidade deverá ser através do email geral@cultalg.pt.
A Delegação Regional do Algarve da Secretaria de Estado da Cultura (assim designada à data) esteve sediada, entre 1991 e 2007, no edifício do atual Teatro Lethes – Colégio de Santiago Maior -, classificado como Imóvel de Interesse público.
Nos últimos anos, e desde que, em 2007, foi decidida a saída do edifício do Teatro Lethes, a atual Direção Regional de Cultura do Algarve tem estado instalada em dois pisos de um edifício habitacional na Rua Francisco Horta, nas traseiras do Lethes, em Faro.
O compromisso de encontrar «uma alternativa às atuais instalações», assumido como «uma das prioridades desta Direção Regional», data de 16 de dezembro de 2013. O objetivo era identificar instalações que permitissem «uma melhor resposta às necessidades dos colaboradores e da missão pública a que esta entidade regional da Cultura tem de dar resposta».