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Hospital de FaroA mulher que, no sábado, levou o seu filho recém-nascido do Hospital de Faro, onde o bebé estava internado, regressou ontem à unidade hospitalar. Mãe e filho estão «aparentemente bem», disseram ontem à noite responsáveis hospitalares.

Maria Alfaro, pediatra da Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, disse aos jornalistas, em declarações prestadas à porta do hospital de Faro poucas horas depois de a mulher ter regressado com o filho, que «felizmente o bebé chegou em boas condições, a mãe estava muito arrependida».

A médica acrescentou que a mulher «entregou o bebé em boas condições de higiene, aparentemente está bem. Agora vamos avaliar o bebé, o estado de saúde, a parte familiar, social e logo se vê».

Por seu lado, Pedro Nunes, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, realçou que a mãe estava a ser observada no serviço de Obstetrícia.

Aquele responsável disse que «o hospital só alegou o perigo para a vida do bebé para poder acionar as autoridades policiais, portanto foi uma presunção de risco, não foi um diagnóstico de risco efetivo», explicando que «o que o hospital procurou desde o início foi transmitir uma mensagem de apelo a que a mãe voltasse ao hospital com a criança».

Quanto à razão para ter voltado ao hospital com o seu filho, a mulher terá explicado que, já que trata de crianças e de idosos, a dimensão mediática do caso iria colocar «em risco» o seu trabalho. A pediatra Maria Alfaro esclareceu que «parece uma mãe preocupada, apesar de tudo» e que «aparentemente o bebé está bem».

O presidente do CA do Centro Hospitalar salientou que «o hospital não é uma instituição prisional, é uma instituição ao serviço dos doentes, tenham eles que doenças tiverem, e portanto para o hospital esta mãe não é uma criminosa é uma doente que tomou atitudes eventualmente reprováveis socialmente, mas que está ao cuidado [do hospital], como o bebé está e é significativo que o bebé esteja bem e bem tratado».

A mulher, segundo o gabinete de relações públicas do Centro Hospitalar do Algarve, no sábado passado, «abandonou inesperadamente o Hospital de Faro e sem conhecimento da equipa de saúde, onde se encontrava internada, levando consigo o filho recém-nascido que estava internado no serviço de Medicina Intensiva Neonatal e Pediátrica».

O caso estava a ser investigado pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e pela Entidade Reguladora da Saúde, segundo anunciaram ontem estes organismos.

sulinformacao

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