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Greve Enfermeiros_Hospital Faro_Nov 2014_1A adesão à greve dos enfermeiros no Algarve ronda os 70%, segundo dados do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, percentagem que foi bem mais elevada se só se considerarem as Unidades de Cuidados de saúde Primários.

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve não revela valores, mas garante que a greve não está a causar «constrangimentos relevantes».

Em termos globais, a variação entre o turno da noite, que começou ontem às 00h00, e o turno da manhã, que ainda decorre, foi apenas de 1% de 70% para 71%.

Segundo Nuno Manjua dirigente sindical a nível regional do SEP, a taxa de adesão «é mais elevada se forem excluídas as unidades hospitalares do Centro Hospitalar do Algarve», uma vez que nas unidades de cuidados de saúde primários, há várias estabelecimentos com 100% de adesão.

No Hospital de Portimão a adesão dos enfermeiros, que lutam por melhores condições salariais,  foi consideravelmente maior do que em Faro. Em Portimão, segundo o SEP, 87% dos enfermeiros aderiram à greve e em Faro, apenas 62%.

A falta de enfermeiros em Portimão levou ao cancelamento das consultas externas que dependem de cuidados de enfermagem, apurou o Sul Informação, sendo que, em Faro, também houve consultas remarcadas.

No que diz respeito a Centros de Saúde e Serviços de Urgência Básica (SUB), há cinco locais onde a adesão atingiu os 100%: o SUB de Albufeira e os Centros de Saúde de Castro Marim, São Brás de Alportel, Quarteira e Almancil.

A nível de Unidades de Cuidados Personalizados, a de Tavira também atingiu os 100% , em Lagos 93% dos enfermeiros aderiram à greve, em Albufeira 90%, em Vila do Bispo 75% e em Lagoa 60%.

Nas unidades de Cuidados na Comunidade,  a adesão à greve está nos 80%, em Tavira, nos 71% em Lagoa, Lagos e Vila Real de Santo António, nos 63% em Loulé e  nos 60% em Albufeira.

Também no que diz respeito às Unidades de Saúde Familiar, há adesões de 100%, nomeadamente em Faro (Al Gharb) e em Loulé. A Unidade de Saúde Familiar Ria Formosa (Faro) ficou-se pelos 60%.

Apesar dos números adiantados pelo SEP, fonte da ARS do Algarve adiantou ao Sul Informação que, nas unidades de saúde sob a sua jurisdição, não há «conhecimento de constrangimentos relevantes, uma vez que os serviços mínimos estão assegurados».

Como acontece em quase todas as greves, os dados dos sindicatos e da Administração não coincidem e, referindo-se às greves no Alentejo e em Lisboa e Vale do Tejo, que se realizaram ontem e na terça-feira, o Ministro da Saúde Paulo Macedo diz que os números de adesão avançados estão «errados».

O Sindicato respondeu e diz que o ministro «quer “aldrabar” os dados de adesão”» e explica que «nos termos da Lei e do Acordo sobre Serviços Mínimos entre SEP e Min. da Saúde, os Enfermeiros que estão de Greve, mas que têm que assegurar os Serviços Mínimos (trabalham e recebem), são contabilizados como grevistas».

Ainda segundo a mesma nota publicada no site do SEP, «a forte adesão dos Enfermeiros do Algarve: da área hospitalar e  da área dos Cuidados de Saúde Primários (a generalidade dos Centros de Saúde tiveram uma adesão entre 60 e 90%, com cinco a 100%), continua a evidenciar o forte descontentamento dos enfermeiros com as suas condições de trabalho que Governo e Ministério da Saúde têm deteriorado».

A greve dos enfermeiros no Algarve dura até à meia noite de sexta-feira.

sulinformacao

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