As intervenções artísticas feitas em cavaquinhos por 70 artistas plásticos portugueses vão estar em exposição na Casa do Sal de Castro Marim entre os dias 16 e 31 de Outubro. A mostra «70 cavaquinhos, 70 artistas» foi idealizada pela Associação Cultural Museu do Cavaquinho, que desafiou os criadores, na sua maioria jovens, a usarem este instrumento musical como suporte de intervenções plásticas.
A exposição teve a sua estreia mundial no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, antes de partir para a um périplo que a vai levar a dez localidades do país com ligações a este instrumento musical. Chegará agora, pela primeira vez, ao Algarve.
Entre os artistas que contribuíram para esta exposição estão Cristina Troufa, Luís Lázaro, Júlio Dolbeth, Joana Astolfi, Joana Rego, Carlos Zíngaro e Marta Madureira. A causa do cavaquinho também já foi acarinhada, noutras ocasiões, por Pedro Cabrita Reis, Júlio Pomar e Julião Sarmento, entre outros artistas plásticos conceituados.
No dia da inauguração, às 18 horas, haverá um concerto de cavaquinho de Júlio Pereira, compositor, multi-instrumentista, produtor e presidente da Associação Cultural Museu do Cavaquinho.
Cavaquinho segue-se à Guitarra Portuguesa
A exposição dedicada aos cavaquinhos será a segunda consecutiva sobre instrumentos musicais tradicionais portugueses a ser acolhida pelo Museu do Sal de Castro Marim. Amanhã, sexta-feira, é encerrada a mostra «A Guitarra Portuguesa», com uma Tertúlia de Fado, agendada para as 21h30. Acompanhados à guitarra portuguesa e viola fado estarão os fadistas “da casa” Ângela Mascarenhas, Fernando Sousa e César Correia.
O espólio que está em exibição até amanhã, pertencente a José Paulo Costa, reúne várias formas, modelos e tendências da guitarra portuguesa, fabricadas pelos principais construtores, desde o século XIX até à atualidade.
Esta exposição, promovida pela Câmara Municipal de Castro Marim em parceria com o Museu de Portimão (Câmara Municipal de Portimão), responsável pela investigação, produção e grafismo da mostra, «foi uma genuína homenagem à especificidade da guitarra portuguesa, que se evidencia na tão característica sonoridade, trazida pelas doze cordas que possui», segundo a autarquia castromarinense.
