O Pego do Inferno, em Tavira, pode voltar a estar acessível ao público já para o ano, se a meteorologia ajudar, uma vez que, durante o Verão passado, não teve água.
A Câmara Municipal tem previstas obras de requalificação do espaço, financiadas ao abrigo do programa Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC), mas, mesmo antes de a candidatura ser aprovada, a autarquia quer devolver-lhe a visitabilidade e a «dignidade».
Em conversa com os jornalistas durante a Fam Trip promovida ao concelho de Tavira, pela Região de Turismo do Algarve, Jorge Botelho adiantou que «já no próximo ano, com ou sem candidatura, iremos fazer – desde que haja água – com que o pego seja limpo e visitável, não pela parte de cima, mas pela parte de baixo, para que volte a ser uma zona com dignidade».
No entanto, para que isso aconteça, «é preciso que chova, para que a cachoeira possa ter água. Devido a dois anos secos que tivemos, o pego não tem água, tem um ar desolador, mas, felizmente, depois do incêndio, já retomou o verde», adiantou o autarca.
Jorge Botelho já tinha avançado ao Sul Informação, em Julho, que havia intenção de avançar com obras no Pego do Inferno, mas que a Câmara não tinha o valor necessário disponível (cerca de 1 milhão de euros) e que, por isso, ia ser apresentada uma candidatura no âmbito do novo quadro comunitário.
Agora, em Outubro, o autarca atualizou essa informação e diz que «temos 500 mil euros previstos numa candidatura através do DLBV, em parceria com a In Loco e, se for aprovado, faremos a intervenção de reaproveitamento».
Na internet continua ativa uma petição para que a recuperação do Pego do Inferno avance, neste momento, com mais de 1500 assinaturas.