Os presidentes de Câmara do Algarve declararam-se «solidários» com os seus congéneres de Albufeira e Loulé pelos estragos do temporal de domingo, numa posição tomada no seio da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve.
O Conselho Intermunicipal deste entidade, que junta os edis dos 16 municípios algarvios, reuniu na segunda-feira e «deliberou por unanimidade manifestar-se publicamente solidário para com estes dois municípios bem como para com os seus munícipes, que foram as principais vítimas desta tragédia», segundo a AMAL.
«O amanhecer no passado domingo foi atribulado um pouco por todo o Algarve, perante o cenário de vento forte e chuvas intensas que provocaram estragos e inundações em toda a região. Os municípios de Albufeira e Loulé foram fortemente fustigados pelo temporal que inundou habitações e espaços comerciais, destruiu estradas, derrubou árvores e deixou dezenas de pessoas desalojadas, tendo causado um morto», enquadrou a comunidade intermunicipal.
Os presidentes de Câmara da região adiantaram que, neste momento, «os concelhos de Albufeira e Loulé procuram recuperar forças para ultrapassar o sucedido e criar condições para regressar à normalidade, num prazo o mais curto possível».
Em Albufeira, onde o temporal deixou atrás de si um cenário de destruição e de caos, os trabalhos de limpeza já começaram na segunda-feira e envolvem não só os comerciantes e habitantes lesados, mas também muitos voluntários, portugueses e estrangeiros.
Tendo em conta os fortes prejuízos registados neste município, que podem ascender aos milhões de euros, está em cima da mesa a possibilidade de haver um pedido de declaração de calamidade pública ou de Albufeira ser considerada «zona crítica de cheias».