«Doze Figuras de Estilo» é o título da exposição de um conjunto de 10 fotografias da autoria de Carlos Osório, que, a partir desta terça-feira, 1 de Dezembro, estará patente ao público no Café Nacional, na Baixa de Portimão.
Carlos Osório, professor, fotógrafo e investigador sobre fotografia, explicou ao Sul Informação que esta sua exposição aproveita o pretexto da reabertura do Café Nacional com nova gerência, a cargo de Joaquim Costa, dono do restaurante «O Portimonense».
Trata-se de um conjunto de fotos «em tamanho XXL», para terem «outro impacto», que podem ser vistas a partir das 18h00 desta terça-feira.
E quem são as «Doze Figuras de Estilo»? São um trabalhador das salinas (Mexilhoeira da Carregação), numa foto de 2013, um vendedor de frutas e legumes (Praia da Rocha, 2014) Daniel Conceição, skipper da Taruga (Benagil, 2015), Nuno Pitau, marinheiro (Alvor, 2014), António Marreiros, barbeiro, poeta e fotógrafo amador (Mexilhoeira Grande, 2015), Vítor Pina, fotógrafo profissional (Lagoa, 2015), Conceição Ferreira, chefe de serviços administrativos escolares (Portimão, 2012), José Figueiras, mestre de restauro (Portimão, 2014), Francisco Oliveira, fotógrafo, Marta Gonçalves, dirigente da Contramaré, e Manuel Mendonça, colecionador (SVP – Portimão, 2015) e ainda José Gameiro, diretor científico do Museu de Portimão (Portimão, 2015).
«Qual a intencionalidade deste encontro de pessoas? Testemunhar publicamente a minha admiração por elas. Diferente por cada uma. Vê-las como Figuras de Estilo que fazem parte das minhas mais recentes vivências ou surgiram singularmente no meu caminho de reaprendizagem visual», explica Carlos Osório.
«Os lugares onde se encontram, as suas ações ou os objetos que as ancoram a uma atividade completam a sua identidade como pessoas únicas. Com as metáforas da representação fotográfica procurei fixar uma verdade de pequenos ou longos instantes como provas de contemplação, amizade e gratidão», acrescenta.
«Gostaria que estas fotografias não suscitassem qualquer tipo de ruído ou superficialidade, ao contrário das incontáveis imagens das redes sociais digitais que também se sustentam de tudo o que é ou anedótico ou fugaz e muitas vezes feito com ligeireza», sublinha o fotógrafo.
«Ao torná-las objetos finitos de tangibilidade procurei ajustá-las a um ato simbólico inaugurador e envolvê-las numa solenidade despretensiosa que me apraz», conclui.