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Gabinete Apoio à Vítima GNR Tavira_1As vítimas de crimes têm agora um novo local onde se dirigir, para procurar apoio. O segundo Gabinete de Apoio à Vítima do concelho de Tavira, localizado no quartel da GNR local, foi formalmente inaugurado esta terça-feira e permitirá reforçar a resposta que já era dada, a nível municipal, nomeadamente junto das populações do interior, mas também dos que visitam este concelho, com um forte pendor turístico.

Tavira, onde a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima já está instalada há anos, num espaço situado na esquadra da PSP, no centro da cidade, tornou-se «o primeiro município do Algarve e dos poucos do país» a contar com dois destes gabinetes. Uma replicação que se justifica, tendo em conta a grande dimensão do concelho, e também por uma questão logística, já que a sala de atendimento existente nas instalações da PSP se mostrava pequena para o trabalho que é levado a cabo.

Por ano, a delegação da APAV de Tavira «abre cerca de 200 novos processos», e dá «entre as 500 e as 600 consultas» a pessoas que se queixam de variados tipos de crimes, segundo a psicóloga Rita Bessa, gestora dos gabinetes. E se a larga maioria dos casos «está ligada a violência doméstica, principalmente contra mulheres», há também quem procure a APAV por ter sido vítima de outros crimes, como «roubos, sequestros e outros».

O presidente da APAV João Lázaro, que até é tavirense, salientou que, para que a associação que dirige possa fazer um trabalho aprofundado, «tem de ser em parceria, com a Câmara, com os serviços sociais e com as forças policiais».

Por outro lado, explicou, a delegação de Tavira já está a precisar de mais espaço, que, «por impossibilidade do próprio edifício da PSP», não poderia ser junto das instalações que já existiam. «Com a vinda para o quartel da GNR, passamos a ter mais uma sala de atendimento, que já era necessária, e também um gabinete para a equipa, que é constituída pela gestora e pelos voluntários», disse o presidente da APAV.

Gabinete Apoio à Vítima GNR Tavira_3A APAV está presente em cinco municípios do Algarve, região onde tem não só Gabinetes de Apoio à Vítima, mas também sub-redes especializadas, uma das quais dedicada a ajudar «vítimas de tráfico humano», mas também uma vertente de apoio «a familiares e amigos de vítimas de homicídio, em estreita colaboração com a PJ».

«Estamos agora a lançar um novo projeto, dirigido a crianças e jovens alvo de violência sexual, também em estreita colaboração com as forças policiais», acrescentou João Lázaro.

O responsável máximo pela APAV não esquece outra peça «fundamental», os muitos voluntários que dão o seu tempo à causa, que, no caso de Tavira, andam sempre «nas 4 ou 5 pessoas», com diferentes competências.

Apesar de frisar que «a criminalidade em Tavira, felizmente, tem vindo a descer», o presidente da Câmara tavirense Jorge Botelho salientou a importância do reforço desta resposta, de modo a «também chegar à população fora da malha urbana». O apoio da Câmara vai, de resto, além das palavras, já que «contribui com uma verba» para que o gabinete possa funcionar.

A área de jurisdição da GNR fica fora dos limites da cidade e isso leva a que contactem com uma franja da população bem distinta da PSP, sejam os idosos do interior, alguns dos quais vivem isolados, sejam cidadãos estrangeiros que vivem em Tavira, fora da cidade.

«Nós já tínhamos uma situação do acompanhamento da APAV, na cidade. Agora, temos a GNR, que faz toda a parte turística, das praias e das zonas residenciais ligadas ao Turismo, que passa a ter um gabinete para onde direcionar as pessoas que achar por bem. Do que estamos a falar é de um sentimento de segurança», ilustrou o edil tavirense.

Além de agilizar o encaminhamento de casos para a APAV, por parte da GNR, cria outro «ponto seguro» para as vítimas, já que, ilustrou Jorge Botelho, «fazer uma denúncia é um acto de coragem e é importante que as pessoas que estão do outro lado sejam capazes de dar a resposta adequada».

Gabinete Apoio à Vítima GNR Tavira_2O comandante territorial de Faro da GNR Silva Gomes também salientou a importância de se dar uma resposta devidamente enquadrada às vítimas.

«Quem é alvo do crime, muitas vezes é vitimizado segunda e terceira vez, pelos sistemas que, supostamente, os estão a tentar defender. Uma maior atenção a estas áreas faz com que se faça tudo o que estiver ao nosso alcance para que, uma vez vitimizadas, tudo o que venha a seguir seja sempre apoio e soluções», considerou.

Quanto à introdução desta inauguração oficial no programa de comemorações do sétimo aniversário do Comando de Faro, disse ser, à semelhança das demais atividades previstas, uma forma de dar a conhecer o trabalho que a GNR leva a cabo, na região.

Algo que assume uma grande importância, até para a principal atividade económica da região, o Turismo. «Muitas vezes, o empolamento de casos mais ou menos pontuais pode trazer um grande clima de insegurança. Mas, como é sabido, a criminalidade tem vindo a descer, no Algarve, tanto a comum, como aquela violenta e grave. Isso é trabalho diário dos nossos militares, fruto do seu esforço e dedicação», defendeu o comandante da GNR.

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