«Temos as melhores equipas do Mundo, temos as estrelas, temos o percurso, temos o clima. Só nos falta uma maior divulgação. Lanço o repto às televisões e a quem manda nas televisões: não há razão para que não haja transmissão em direto desta corrida». As palavras são do diretor de Marketing da Liberty Seguros, na apresentação, hoje, em Lisboa, da 42ª edição da Volta ao Algarve, que se disputa entre 17 e 21 de fevereiro.
A prova continua a afirmar-se como corrida de referência internacional, uma vez que não é fácil encontrar, fora do circuito WorldTour, um pelotão com a qualidade daquele que vai pedalar no Sul do país.
O pelotão será composto por 192 corredores, em representação de 24 equipas. A lista de inscritos conta com representantes de 30 países: Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Cazaquistão, Colômbia, Croácia, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América, Estónia, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Holanda, Irlanda, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Polónia, Portugal, República Checa, Rússia, Suíça, Ucrânia e Uruguai.
Metade das 24 equipas participantes é de primeira divisão internacional, um crescimento de 50 por cento face à edição anterior da prova.
Individualmente, o pelotão também continua a evoluir. Entre os inscritos, estão quatro corredores do top10 mundial: Joaquim Rodríguez (Katusha), segundo, Fabio Aru (Astana), quinto, Alberto Contador (Tinkoff), sétimo, e Thibaut Pinot (FDJ), décimo.
Vão pedalar no Algarve 26 corredores do top 100 do ranking de 2015, um crescimento de 62,5 por cento face ao ano passado.
O palmarés agregado dos ciclistas inscritos conta, entre muitos outros sucessos, com quatro vitórias na Volta a Espanha, duas na Volta a França e duas na Volta a Itália, nove em Mundiais, sete no Paris-Roubaix, oito no Tour de Flandres e uma medalha de ouro olímpica.
A qualidade do pelotão da Volta ao Algarve deve-se à conjugação de vários fatores: a prova está bem colocada no calendário internacional, corre-se numa região em que o clima é ameno mesmo em pleno inverno, a hotelaria é de qualidade e as estradas algarvias têm caraterísticas excelentes para a construção de um percurso que responda às necessidades competitivas de início de temporada.
O traçado da 42ª Volta ao Algarve é uma das principais razões de atração de grandes equipas e estrelas do pelotão internacional, uma vez que oferece oportunidades para todo o tipo de ciclistas.
A primeira e a quarta etapas são vocacionadas para os velocistas testarem a ponta final. A terceira etapa é um contrarrelógio individual de 18 quilómetros, que permite aos especialistas experimentar as novas “cabras”. A segunda e a quinta etapas têm final em alto, servindo de exame ao momento de forma dos trepadores.
No cômputo geral, só um corredor completo poderá aspirar a vestir a camisola amarela final. Será, certamente, um ciclista de prestígio internacional a envergar as cores do Cyclin’Portugal, ajudando a difundir este projeto à escala global, através do imenso mediatismo que a corrida conquistou, nacional e internacionalmente. Há um ano, a Volta ao Algarve foi noticiada em 17 países diferentes.
A diversidade e a qualidade do pelotão de 2016 permitem prever um mediatismo ainda mais intenso.
A Volta ao Algarve é também a oportunidade para ver em ação, em território nacional, alguns dos melhores emigrantes do ciclismo português. Por outro lado, as equipas nacionais poderão disputar o palco mediático com as grandes estrelas estrangeiras, naquela que é a corrida em que os jovens valores do pelotão luso podem mostrar-se às melhores equipas internacionais.
Por tudo isto, o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo considerou que «a Volta ao Algarve é o evento âncora que poderá divulgar o ciclismo português no Mundo, valorizando o território nacional para a prática de ciclismo, atraindo equipas e praticantes individuais», afirmou o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, durante a cerimónia de apresentação da corrida, hoje realizada na sede federativa, em Lisboa.
Por seu lado, durante a cerimónia de apresentação da corrida, hoje realizada na sede da Federação, em Lisboa, o presidente do Turismo do Algarve salientou que a prova «é estrutural para a região».
Desidério Silva sublinhou que a «Região de Turismo trabalha com a Federação Portuguesa de Ciclismo para que a Volta ao Algarve seja a âncora de algo mais amplo, o Cyclin’Portugal, que quer atrair para a região aqueles que gostam de ciclismo», combatendo a sazonalidade, de outubro a maio.
José Cordovil, adjunto do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, destacou o facto de a «Federação Portuguesa de Ciclismo ter uma estratégia, que conjuga a competição com o ciclismo enquanto fator de desenvolvimento económico do país». Sobre a Volta ao Algarve, manifestou «muito agrado por ver deslocar-se para Portugal este naipe de equipas e de corredores».
O presidente da Associação de Municípios do Algarve, Jorge Botelho, afinou pelo mesmo diapasão. «Este ano o projeto Cyclin’Portugal consolidou-se, e de que maneira. Temos os melhores dos melhores, o melhor pelotão que alguma vez pisou o país», disse.
Volta também é ciclismo para todos
A Volta ao Algarve, além de um importante evento de alta competição, é também uma festa para os adeptos de ciclismo e para os praticantes amadores e de lazer. As etapas da corrida vão, certamente, entusiasmar quem gosta de estar na berma da estrada, vendo o espetáculo e incentivando os corredores.
Aqueles que não resistem a ser protagonistas terão também oportunidade de participar na Volta ao Algarve. No sábado, 20 de fevereiro, realiza-se o Passeio de Ciclismo para Todos da Volta ao Algarve. Terá 40 quilómetros, com partida e chegada em São Brás de Alportel. São esperados 200 participantes.
No dia seguinte, Loulé recebe a partida e a chegada do Algarve Granfondo, um evento de massas que já exige uma melhor preparação física. Os participantes no granfondo terão pela frente 135 quilómetros, com 2600 metros de acumulado de subida. Quem alinhar no mediofondo vai enfrentar 83 quilómetros e um acumulado de 1300 metros.
Vão participar 700 pessoas, oriundas de Portugal, Alemanha, Canadá, Espanha, França, Inglaterra, Irlanda do Norte e Suíça. Os vencedores serão coroados no alto do Malhão, no pódio final da Volta ao Algarve.
Etapas
17 de fevereiro – 1ª Etapa: Lagos – Albufeira, 163,6 km
18 de fevereiro – 2ª Etapa: Lagoa – Fóia (Monchique), 198,6 km
19 de fevereiro – 3ª Etapa: Sagres – Sagres, 18 km (Contrarrelógio Individual)
20 de fevereiro – 4ª Etapa: S. Brás de Alportel – Tavira, 194 km
21 de fevereiro – 5ª Etapa: Almodôvar – Malhão (Loulé), 169 km
Equipas Participantes
WorldTour: Astana, Cannondale, Etixx-QuickStep, FDJ, IAM Cycling, Katusha, Lotto Soudal, Lotto
NL-Jumbo, Movistar, Team Sky, Tinkoff e Trek-Segafredo.
Continentais Profissionais: Bora-Argon 18, Caja Rural-Seguros RGA, Gazprom-RusVelo, Novo
Nordisk, Roth e Verva ActiveJet.
Continentais: Efapel, LA Alumínios-Antarte, Louletano-Hospital de Loulé, Rádio Popular-Boavista,
Sporting-Tavira e W52-FC Porto
Corredores do Top 100 Mundial
2º Joaquim Rodríguez (Katusha)
5º Fabio Aru (Astana)
7º Alberto Contador (Tinkoff)
10º Thibaut Pinot (FDJ)
13º Rigoerto Urán (Cannondale)
14º Geraint Thomas (Sky)
24º André Greipel (Lotto Soudal)
26º Michal Kwiatkowski (Sky)
30º Ion Izagirre (Movistar)
31º Zdenek Stybar (Etixx-QuickStep)
37º Niki Terpstra (Etixx-QuickStep)
40º Tony Gallopin (Lotto Soudal)
41º Robert Gesink (Lotto NL-Jumbo)
47º Tiesj Benoot (Lotto Soudal)
52º Jürgen Roelandts (Lotto Soudal)
67º Fabian Cancellara (Trek-Segafredo)
70º Andrew Talansky (Cannondale)
71º Diego Rosa (Astana)
72º Sep Vanmarcke (Lotto NL-JUmbo)
75º Ramunas Navardauskas (Cannondale)
79º Tom Boonen (Etixx-QuickStep)
80º Jens Debusschere (Lotto Soudal)
81º Yuri Trofimov (Tinkoff)
92º Tony Martin (Etixx-QuickStep)
95º Gorka Izaguirre (Movistar)
99º Yves Lampaert (Etixx-QuickStep)