A «Cruz Grande» de São Bartolomeu de Messines foi limpa e consolidada pelo Serviço de Conservação e Restauro da Câmara Municipal de Silves, no âmbito de uma colaboração com a Junta de Freguesia daquela vila. A recuperação deste monumento durou cerca de 4 meses e foi concluída em Dezembro.
A intervenção no Cruzeiro visou corrigir algumas situações, «nomeadamente a remoção de um elemento metálico em ferro não original e que apresentava ferrugem. Foi ainda efetuada a aplicação de biocida sobre a superfície da pedra durante três semanas, de modo a atuar sobre os organismos biológicos prejudiciais (fungos e líquenes) e, no final do trabalho, protegeu-se de novo a superfície, para impedir a proliferação desses mesmos organismos num futuro próximo», descreveu a Câmara de Silves.
«Toda a superfície do monumento foi limpa química e mecanicamente, com recurso a soluções de limpeza e escovas de várias grossuras e densidades, para se poder eliminar os fungos e líquenes, tendo ainda sido feita a consolidação da estrutura por meio de pincelagem com um agente consolidante, fortalecendo a pedra que se apresentava algo friável. As juntas que apresentavam lacunas pontuais foram também intervencionadas, tendo sido aplicada argamassa à base de cal», acrescentou.
Segundo o historiador algarvio Aurélio Cabrita, «a Cruz Grande encontra-se no local original de um outro cruzeiro mais antigo, vandalizado nos anos 20 do século passado e substituído nos anos 60 pelo atual».
Localizado junto ao jardim existente perto do conjunto escultórico dedicado a João de Deus «teve, antes do crescimento da vila no século XX, uma posição de maior destaque no largo ali existente e que se situava junto à antiga via principal que unia São Bartolomeu de Messines a Faro».