Já tudo apontava para que o ano turístico de 2015 tivesse sido muito bom e os números apurados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmaram que, no ano passado, o turismo algarvio bateu diversos recordes.
Os números oficiais revelam que o Aeroporto de Faro chegou à inédita fasquia dos 6,4 milhões de passageiros transportados, a hotelaria teve o valor mais elevado de proveitos totais de sempre e nunca se jogaram tantas voltas de golfe, na região.
As estatísticas do ano turístico de 2015 foram divulgadas pela Região de Turismo do Algarve, que realçou que a realidade veio confirmar «aquilo que os indicadores conhecidos já deixavam antever», ou sejam«, que 2015 foi um ano «de recordes».
«Foi um ano positivo para a hotelaria e para o turismo no Algarve, que se observou a seguir ao ano de todos os recordes [2014] e o Algarve mantém-se como a principal região turística do país, concentrando mais de um terço de todas as dormidas realizadas em Portugal. Mas estes resultados muito animadores também são consequência de um crescente envolvimento dos parceiros privados com a Região de Turismo do Algarve, a Associação Turismo do Algarve e os municípios», considerou o presidente da RTA Desidério Silva.
Entre as boas notícias do ano que passou, está o novo máximo anual atingido pelo Aeroporto de Faro, que cresceu 4,4 por cento, para os 6,4 milhões de passageiros movimentados.
«Por mercado, o Reino Unido é o líder destacado, com cerca de 3,5 milhões de passageiros (+2,8%) e uma quota de 54 por cento em Faro. Seguem-se a Alemanha, com 721 mil passageiros (+4,9%), a Irlanda, com 588 mil (+7,6%) e a Holanda, com 564 mil (3,2%)», anunciou a RTA.
Os mercados que tiveram um maior crescimento hómologo, ao nível de passageiros transportados de e para Faro, foram os de França (+20,7%, para 196 mil), Bélgica (+14,3%, para 150 mil), Espanha (+13,9%, para 106 mil) e Suíça (+79,1%, para 92 mil). «A taxa de ocupação média por avião foi de 88 por cento em 2015, indicando um aumento homólogo de 2,6 pontos percentuais», acrescentou o Turismo do Algarve.
No que à hotelaria diz respeito, o “quadro” já havia sido pintado na passada semana pela AHETA, que anunciou uma subida das receitas superior à da taxa de ocupação, o que significa que a hotelaria não só conseguiu ter mais quartos ocupados, como também conseguiu fazer cobrar um valor mais elevado por essa ocupação.
Uma realidade que foi saudada pela associação empresarial, por hoteleiros algarvios e pelo próprio Desidério Silva, em declarações ao Sul Informação.
Os números do INE apontam para uma subida dos proveitos totais, em relação ao ano anterior, de 10,2 por cento (a AHETA anunciou 8,6, no universo dos seus associados). Em dinheiro, isso significa que foi atingido «o valor recorde de 758 milhões de euros», segundo a RTA.
Dos indicadores revelados pelo INE, o que mais se afasta dos da associação empresarial são os das dormidas de turistas portugueses, que o instituto diz terem baixado 3,1 por cento, para os 3,8 milhões, quando os hoteleiros dizem ter acolhido 4,1 milhões de dormidas de turistas nacionais, em 2015.
Também os números do Golfe eram já conhecidos. Neste caso, foi a Associação Turismo do Algarve a revelar que, em 2015, se jogaram 1,2 milhões de voltas em golfe, o que ditou o ultrapassar «dos resultados de 2007, o melhor ano para o golfe na região antes da crise financeira mundial que mergulhou a economia europeia em recessão».