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Centro-de-Medicina-e-Reabilitação-do-SulO Governo vai lançar um concurso para a concessão da gestão do Centro de Medicina e Reabilitação do Sul (CMRSul), em São Brás de Alportel, anunciou esta quarta-feira o ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes.

O membro do Governo disse que a medida «é para avançar já», assegurou ao Sul Informação o presidente da Câmara sãobrasense, que há muito pede uma solução para os problemas desta unidade de saúde, o que significa que «a publicação do concurso será rápida».

Ainda assim, avisou, «até ao término do processo, ainda poderá levar algum tempo». Isso não impede o edil de São Brás de considerar que esta é «uma excelente notícia», até porque «este passo está para ser dado há um ano e meio», sem que nada tenha avançado.

O CMRSul está a enfrentar graves problemas ao nível da capacidade de resposta, desde que terminou o contrato para gestão desta unidade de saúde entre a ARS do Algarve e o Grupo Galilei, em Novembro de 2013. Desde então, passou para a tutela do instituto público e, como ilustrou numa nota de imprensa a Câmara de São Brás de Alportel, «o seu funcionamento ficou comprometido com a drástica redução de pessoal efetivo e uma redução acentuada nos serviços prestados.

Em Agosto passado, chegou a ser anunciado pelo vogal da ARS do Algarve Nuno Ramos, que disse que o procedimento seria lançado «muito em breve», «dentro de semanas, seguramente antes do final do mês». Algo que acabou por não acontecer, apesar de, na altura, ter sido denunciado por autarcas que visitaram a unidade de saúde que esta se encontrava a trabalhar a meio-gás.

Em Novembro, foi anunciado pela ARS do Algarve o reforço da equipa com 17 elementos, nomeadamente 8 enfermeiros, 1 psicólogo, quatro terapeutas da fala e quatro fisioterapeutas.

Uma “injeção” de pessoal terá ajudado, mas não resolveu os problemas do CMRSul, que estão ligados essencialmente «ao modelo de gestão», na visão de Vítor Guerreiro. A solução agora apresentada será em linha com o que acontecia antes da saída do Grupo Galilei, ou seja, uma Parceria Público Privada.

Vitor GuerreiroPara o edil sãobrasense, a experiência anterior foi positiva, já que durante a gestão privada «o CMRSul atingiu uma grande notoriedade a nível internacional e havia boas condições para os profissionais, que se saiam motivados». Na situação de «impasse» que se seguiu, foram muitos os que «saíram mal tiveram oportunidade». Com uma solução estável à vista, espera que «o centro volte a ser aliciante para os profissionais de saúde».

Mas não esqueceu a equipa que se manteve, elogiando «a dedicação dos profissionais que lá trabalham, mesmo com falta de condições». «São excelentes, fazem o que podem, mas são poucos. O que queremos é que o centro volte à sua capacidade máxima de internamento e de capacidade de resposta».

Vítor Guerreiro já esperava este desfecho, uma vez que tinha transmitido a Adalberto Campos Fernandes, pessoalmente, as preocupações com a situação do centro, durante a visita do ministro ao Algarve, a 11 de Março. Nessa altura, diz, recebeu «a garantia que o processo iria ser analisado e que a solução seria anunciada em breve».

Entretanto, o edil socialista sãobrasense foi alvo de críticas, feitas pelo PSD local, que o acusavam de não ter o mesmo empenho na resolução desta questão desde que entrou um Governo PS, como o que teve durante o executivo do social-democrata Passos Coelho.

O autarca não vê este anúncio como resposta a essas críticas, que refutou na altura, preferindo garantir que o seu empenho não muda, independentemente da cor do Governo e do assunto em causa. «Também já mandei vários ofícios e espero reunir-me com o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, para o sensibilizar para a necessidade de requalificar a EN2».

Quanto ao Ministério da Saúde, também continuará a ser “incomodado” por Vítor Guerreiro, já que há outras questões por resolver, nomeadamente ao nível do Agrupamento de Centros de Saúde Central do Algarve, onde ocupa o cargo de presidente da comunidade.

sulinformacao

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