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Câmara de PortimãoO Município de Portimão «não conseguiu estancar a despesa com pessoal, que cresceu 0,7 milhões de euros, e a despesa com a prestação de Serviços Externos, que cresceu 0,5 milhões de euros», denunciou a coligação «Servir Portimão», em comunicado que procura contestar o anúncio feito na semana passada, pela presidente da Câmara Isilda Gomes, da melhoria dos resultados da autarquia, em 2015.

Segundo o Relatório e Contas de 2015, aprovados em reunião de Câmara na passada sexta-feira, 22 de Abril, e que agora irão ser debatidos e eventualmente aprovados na próxima sessão da Assembleia Municipal de Portimão, marcada para dia 28 (quinta-feira), a autarquia portimonense registou, no ano passado, resultados positivos na ordem dos 8,1 milhões de euros, o que a Câmara disse já ser «o melhor resultado financeiro de sempre da autarquia de Portimão».

Mas a coligação liderada pelo vereador da oposição José Pedro Caçorino tem opinião contrária e defende que «os ditos “resultados extraordinários” apresentados pelo Município, resultam do aumento de 2,2 milhões de euros de impostos a mais (fundamentalmente, IMI à taxa máxima, pago pelos Portimonenses e empresas locais) e da redução de 1 milhão de euros de apoios sociais».

Há ainda «9,5 milhões de euros da Portimão Urbis», que, defende a «Servir Portimão», deviam «ter sido provisionados», ou seja, deviam fazer parte das contas da Câmara e não fazem, «porque esta empresa encontra-se em liquidação e tem valor negativo, ao contrário do que a Câmara apresenta nos seus ativos».

A principal força de oposição considera também que os resultados apresentados pelo executivo socialista deveria incluir «2,5 milhões de resultados negativos da Portimão Urbis referentes a 2015».

José Pedro CaçorinoA estarem certas as contas da «Servir Portimão», seriam «12 milhões de euros só da Portimão Urbis» a ser «abatidos aos resultados do Município. O que faz toda a diferença».

Referindo-se às declarações da presidente da Câmara Isilda Gomes ao Sul Informação, a coligação afirma que «quando se diz que a situação financeira do Município recupera com base numa retoma do mercado imobiliário, convém ter presente que o tão apregoado aumento contínuo da receita de IMI não será efetivo, pelo que, mais do que realçar valores meramente circunstanciais, convinha que o Executivo apresentasse caminhos para compensar a mais que previsível diminuição da receita daquele imposto».

A coligação, que reúne CDS, MPT e independentes ligados ao PSD ou sem qualquer ligação partidária, termina o seu comunicado garantindo que «os Portimonenses poderão vir a ser vítimas, nos próximos 25 anos, dos sucessivos erros da governação do PS no Município de Portimão. Cabe assim perguntar: quem paga assim a propalada “saída do vermelho”?».

A Assembleia Municipal que irá ter lugar na noite da próxima quinta-feira, dia 28, vai precisamente debater o Relatório e Contas da gerência de 2015 da Câmara de Portimão.

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