O Grupo Parlamentar do PCP, por intermédio dos deputados Paulo Sá (eleito pelo Algarve), João Oliveira (Évora) e João Ramos (Beja), questionou o ministro da Cultura sobre a disponibilidade do Governo para reforçar o financiamento da Orquestra Clássica do Sul, permitindo-lhe a consolidação do seu projeto artístico e a melhoria do serviço público que presta às populações do Algarve e do Alentejo.
Os parlamentares comunistas salientam que «há quatro anos que o financiamento da Orquestra Clássica do Sul pelo Ministério da Cultura não é atualizado».
Para mais, «a redução das transferências do Orçamento do Estado para as autarquias tem constituído um obstáculo para que os municípios do Algarve e do Alentejo possam reforçar o seu apoio financeiro à Orquestra Clássica do Sul».
Os deputados do PCP consideram que «a estagnação do financiamento público à Orquestra Clássica do Sul, num período em que esta Orquestra alargou substancialmente o seu âmbito territorial, passando a abranger também o Alentejo, traduz-se numa redução da sua capacidade artística e em sérios constrangimentos ao desenvolvimento do seu projeto artístico».
Por isso defendem que se impõe que o Ministério da Cultura «reforce o financiamento da Orquestra Clássica do Sul, permitindo-lhe desenvolver plenamente o seu projeto artístico».
O Grupo Parlamentar do PCP recorda que a criação da Orquestra do Algarve (anterior nome da OCS), em 2002, «dotou a região algarvia de uma estrutura cultural de elevado nível artístico».
Em finais de 2013, a Orquestra do Algarve alargou o seu âmbito territorial ao Alentejo, tornando-se na Orquestra Clássica do Sul.
Esta Orquestra tem desenvolvido uma atividade multifacetada de reconhecida qualidade, que inclui a divulgação da música erudita e a formação de públicos, em particular das camadas escolares.
A Orquestra Clássica do Sul é financiada pelo Ministério da Cultura, por via da Direção Geral das Artes, e por diversos municípios do Algarve e do Alentejo. Obtém ainda receitas provenientes da bilheteira e do mecenato.