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Alexandra Gonçalves_01Os algarvios – e algarvias – que se distinguem na área da cultura, da cidadania e da igualdade de género voltam este ano a poder ser galardoados com o Prémio Maria Veleda, instituído pela Direção Regional de Cultura do Algarve e que, na sua primeira edição, em 2015, premiou Margarida Tengarrinha.

Alexandra Rodrigues Gonçalves, diretora regional de Cultura, explica que «este é um prémio que nós até consideramos como prémio carreira, porque procura distinguir uma personalidade algarvia – homem ou mulher -, que tenha um contributo relevante em diversas áreas» ligadas à Cultura.

Apesar de o galardão também pretender dar um contributo à medida «Mulheres criadoras de cultura», preconizada no V Plano Nacional para a Igualdade de Género, Cidadania e não Discriminação, a decorrer no período 2014-2017, as candidaturas podem ser tanto de mulheres, como de homens.

«Isso dependerá muito das candidaturas que surgirem. Se for um homem que tenha um trabalho relevante na dimensão cultural e na promoção da igualdade de género e de oportunidades, será igualmente considerado. Houve a coincidência de, no primeiro ano do prémio, ter surgido a candidatura de Margarida Tengarrinha, que foi de facto uma abertura de topo e que colocou a fasquia muito alta», admitiu Alexandra Gonçalves, em entrevista ao programa «Impressões, promovido pelo Sul Informação e pela Rádio Universitária do Algarve.

O Prémio Maria Veleda, este ano na sua segunda edição, propõe-se, assim, destacar e reconhecer uma atividade cultural de personalidades algarvias com longo percurso cultural e cívico, protagonistas de intervenções particularmente relevantes e inovadoras na região do Algarve.

O Prémio enquadra projetos e atividades que se destaquem no âmbito da cidadania e igualdade de género, ou do combate à exclusão social, no combate à desertificação do interior da região, na educação pela arte, na valorização do património imaterial, através da preservação das tradições, memórias e identidade, na revitalização dos núcleos e edifícios históricos, bem como no desenvolvimento de projetos multidisciplinares, multiculturais e, ainda, projetos em rede.

prémio maria veledaAs candidaturas, que não podem ser apresentadas pelos próprios, estão a decorrer até 9 de Setembro. Alexandra Gonçalves revelou que até «já deu entrada uma candidatura», mas espera que surjam muitas mais.

«Gostaríamos que o Algarve mostrasse que tem personalidades fortes no domínio cultural, que merecem ser reconhecidas, e que esse reconhecimento fosse feito através deste prémio instituído pela Direção Regional de Cultura».

Na sua entrevista ao programa radiofónico «Impressões», aquela responsável aproveitou para explicar que «o prémio é anual, as candidaturas são apresentadas anualmente, e aqueles que não são considerados num ano não ficam automaticamente para o ano seguinte». Além disso, «não revelamos o nome dos candidatos a não ser o do premiado, para não haver constrangimentos».

Tendo em conta que «as candidaturas não podem ser apresentadas pelos próprios, mas por outras pessoas», a iniciativa tem de partir da comunidade, salientou. O surgimento das candidaturas «vai muito do voluntarismo da comunidade, e de os outros quererem premiar alguém», entre os algarvios que, seja na região, seja fora dela, se têm distinguido.

Depois de, no ano passado, o Prémio não ter sido atribuído, sobretudo por só terem surgido duas candidaturas, desta vez a Direção Regional de Cultura quer fazer a «maior difusão», sobretudo porque «o Algarve tem muita gente a fazer trabalho relevante que merece ser premiada».

Qualquer pessoa ou instituição regional, pública ou privada, poderá enviar propostas de candidatura ao Prémio para a Direção Regional de Cultura do Algarve – Rua Professor António Pinheiro e Rosa, nº 1, 8005 – 546 Faro. As candidaturas autopropostas, como já se disse, não são aceites.

O júri é composto por Alexandra Rodrigues Gonçalves (diretora regional de Cultura do Algarve), Ana Paula Amendoeira (diretora regional de Cultura do Alentejo), António Branco (reitor da Universidade do Algarve), Idálio Revez (jornalista), José Carlos Barros (arquiteto paisagista), Lídia Jorge (escritora), Mirian Nogueira Tavares (professora e investigadora), Natividade Monteiro (professora e investigadora) e Paulo Cunha (professor).

O Prémio é constituído por uma medalha comemorativa e uma dotação em dinheiro, este ano de 5000 euros.

 

Para conhecer o Regulamento na íntegra clique aqui.
Para conhecer o Formulário de candidatura clique aqui.

Clique aqui para ouvir a entrevista ao programa «Impressões», na íntegra.

O programa «Impressões», que foi emitido na quarta-feira, volta a ir para o ar, na RUA FM, no sábado, dia 18, ao meio dia.

 

 

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