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Guadiana river hotel_alcoutim_1Foi um processo difícil, mas já foi encontrada uma solução que permitirá reabrir a Estalagem do Guadiana, em Alcoutim, encerrada há cerca de dois anos.

O município de Alcoutim já assinou o contrato de concessão desta unidade hoteleira com uma empresa «com experiência na área, que explora duas unidades semelhantes em Mértola», que vai agora fazer obras de renovação e equipar o espaço, tendo em vista a sua abertura «provavelmente este ano», revelou ao Sul Informação o presidente da Câmara alcouteneja Osvaldo Gonçalves.

«Infelizmente, já me tiraram a esperança de que a estalagem pudesse abrir este Verão. Mas penso que possa abrir ainda este ano, a tempo da época de caça e do Natal, lá para Novembro ou Dezembro», acredita o edil.

O turismo cinegético, bem como «a Via Algarviana, que também é muito importante», são dois argumentos que Alcoutim tem para convencer empresas a investir neste setor, já que «permitem atenuar a sazonalidade». A rescisão do contrato com o anterior concessionário esteve, de resto, intimamente ligado ao facto de o hotel estar fechado durante quase toda a época baixa.

Este é o culminar de um longo processo, que começou com a rescisão com os anteriores concessionários, o Grupo Hoteleiro Fernando Barata, que durante anos acumulou dívida, não pagando as rendas devidas. Em 2014, o novo executivo autárquico, liderado pelo socialista Osvaldo Gonçalves, decidiu rescindir o contrato de concessão, para permitir que a unidade voltasse a funcionar em pleno.

Numa primeira fase, tentou-se a venda por 1,3 milhões de euros, mas a falta de interessados em comprar levou a autarquia a optar por novo arrendamento do espaço, até porque «houve vários contactos nesse sentido». Feito o concurso, escolhido o vencedor e validada a escolha pelos diferentes órgãos autárquicos, o contrato foi assinado e a unidade hoteleira deverá reabrir dentro de poucos meses.

Guadiana river hotel_alcoutim_2O tempo que intermediou a rescisão e nova concessão teve a ver com os prazos e exigências legais para lançar um procedimento desta natureza, aliado ao facto do primeiro concurso (para venda) ter ficado deserto. «Não houve nenhuma proposta pelos valores que pretendíamos e nós não estávamos dispostos a vender a estalagem a preço de saldo», ilustrou Osvaldo Gonçalves.

O edil não esconde a «grande satisfação» por ver resolvido este problema. «Desde que este executivo tomou posse, esta tem sido uma das nossa grandes preocupações. O que sempre quisemos é que a estalagem estivesse aberta, para bem do turismo de Alcoutim», assegurou Osvaldo Gonçalves.

Afinal, as unidades de alojamento escasseiam, na vila junto ao Rio Guadiana. Em termos de unidades hoteleiras tradicionais, Alcoutim está limitada à Pousada da Juventude, sendo a falta de oferta um impedimento à evolução do turismo local.

O executivo alcoutenejo liderado por Osvaldo Gonçalves tem prestado especial atenção a este setor. No final de 2015, a Câmara assinou um contrato com a Movijovem, entidade gestora da Pousada da Juventude, que prevê um investimento anual de 25 mil euros da parte da autarquia para evitar o fecho sazonal desta unidade de alojamento.

A ela se juntará a Estalagem do Guadiana, construída nos anos 80 pela autarquia, mas que, nos últimos anos, assumiu o nome de Guadiana River Hotel. A unidade hoteleira situa-se à beira do Guadiana, numa posição privilegiada junto ao maior rio do Sul do país, com a margem espanhola à sua frente.

sulinformacao

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