O consórcio Galp/ENI adiou o furo para pesquisar o primeiro poço de petróleo 46,5 quilómetros ao largo de Aljezur e em frente ao Parque Natural da Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano.
Esta sondagem de pesquisa deveria começar este Verão, estando mesmo a decorrer, até 4 de Agosto, o período de consulta pública sobre a pretensão do consórcio, que estava a gerar grande contestação por parte das associações ambientalistas, dos movimentos anti exploração de petróleo, de todos os municípios do Algarve e de associações empresariais.
No entanto, segundo a TSF, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados da empresa, o presidente da Galp Energia anunciou que o primeiro furo exploratório fica adiado, não havendo nova data prevista.
Carlos Gomes da Silva disse que tudo estava pronto em termos técnicos e logísticos para fazer o furo, mas a decisão da Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos de prolongar o prazo de consulta pública, por mais 30 dias, levou a que fosse perdida «a oportunidade», acrescenta a TSF.
A italiana ENI (que tem 70% do consórcio) e a Galp voltarão a avaliar em 2017 se vale a pena fazer o furo, mas o presidente da petrolífera portuguesa diz que na altura se verá se vale a pena fazer o investimento.
Em comunicado, a associação ambientalista Zero já veio aplaudir este adiamento, dizendo que o governo tem agora margem para cancelar, de vez, a exploração de petróleo na região do Algarve e Costa Vicentina.
Esta é certamente uma notícia que este sábado será discutida, em Faro, pelos deputados do PS, PSD, Bloco de Esquerda, CDU, PEV e PAN que foram convidados para um debate promovido pela Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP).