Monchique quer ter um espaço multiusos construído e a funcionar dentro de um ano, para receber os eventos que se realizam na vila serrana, como a Feira dos Enchidos ou a Feira do Presunto. A Câmara Municipal assinou ontem o compromisso de compra e venda do espaço da antiga serração, onde será feita a obra, e a escritura deve ser assinada até final do ano.
Segundo revelou o presidente da Câmara de Monchique ao Sul Informação, a compra do terreno e do conjunto de edifícios que compõem a antiga serração deve custar aos cofres da Câmara cerca de 350 mil euros.
Já quanto ao investimento para a construção do pavilhão que vai receber as feiras, Rui André, «numa estimativa por baixo», aponta para os 500 mil euros.
Até que a escritura seja feita, a autarquia vai preparar o projeto, que pretende «valorizar ao máximo o edifício» e o objetivo é que, «daqui a cerca de um ano, já esteja executado o pavilhão, ou seja, no Verão do ano que vem», a tempo de receber a Feira do Presunto que se realiza habitualmente no mês de Julho.
No entanto, a construção de um espaço multiusos não é o único objetivo para o imóvel: «é um projeto a duas fases, a primeira é a construção do pavilhão que vai receber os eventos que normalmente organizamos, mas há também a intenção de utilizar todo aquele património industrial para criar um espaço museológico que mostre a importância que a atividade das madeiras e da serração teve para o concelho de Monchique ao longo da sua história», adianta o autarca.
Para este passo da musealização, já existe «um pré-acordo com o Museu de Portimão e com a Universidade do Algarve, para criar uma equipa de trabalho que ajude a preservar este património».
Rui André tem ainda a ideia de criar naquele local «um espaço de transformação de madeira, não industrial, como já foi, mas para desenvolver protótipos, ou peças de mobiliário de design, mas isto teria de ser feito numa parceria ou com o IEFP ou com alguma Universidade».
