Já terão ardido «cerca de 1800 hectares» desde que o incêndio que lavrou no fim de semana na Fóia teve anteontem um reacendimento violento, revelou o presidente da Câmara de Monchique Rui André.
No sábado e no domingo, o fogo consumiu um total de 403 hectares, o que significa que, desde que o fogo voltou à Serra de Monchique, na quarta-feira ao final do dia, já ardeu uma área quatro vezes superior.
O vento intenso que se faz sentir será o principal culpado desta voracidade do fogo, bem como das maiores dificuldades que as forças no terreno estão a ter para combater o incêndio.
Neste momento, «está por dominar uma área de cerca de 30 por cento», segundo a porta-voz do CDOS.
As três frentes mantêm-se, mas as situações mais preocupantes concentram-se na zona de Cailogo, em Monchique, e na Senhora do Verde, em Portimão.
O fogo continua a lavrar com intensidade nestes locais, aos quais é muito difícil aceder. Os bombeiros estão a contar com a ajuda de nove meios aéreos, três dos quais são aviões, e de 16 máquinas de rasto, para levar a luta mais perto dos focos de incêndio.
Neste momento, há 684 operacionais no terreno, apoiados por 207 viaturas. «Nas zonas em que o incêndio já foi dominado, estamos a ter a ajuda do exército, que nos está a dar apoio nas ações de rescaldo», acrescentou o CDOS.
Nas últimas horas, o incêndio não tem andado perto de habitações, pelo que não foi necessário proceder a mais evacuações. Desde o início desta segunda fase do incêndio, houve já 52 pessoas que tiveram de sair de suas casas, por precaução.