O Museu Interativo do Megalitismo da vila alentejana de Mora está concluído e tem data de abertura oficial para esta quinta-feira, 15 de Setembro, às 18h00.
A obra remodelou na totalidade a antiga estação CP daquela localidade alentejana e inclui mais de 100 peças megalíticas recolhidas no concelho e cedidas por outros municípios e toda uma tecnologia que vai permitir a interatividade com o visitante, nomeadamente filmes em 3D, hologramas e vitrinas interativas que o farão regressar no tempo.
Para Luís Simão, o presidente da edilidade morense, o novo museu vai “aumentar a afluência de visitantes a Mora, os quais, a par com o Fluviário, passarão mais tempo no nosso concelho, beneficiando a economia local”.
O museu possui um espólio que representa os períodos mais antigos do Neolítico, ou seja, cerca de 6500 anos, altura em que as primeiras comunidades de agricultores se estavam a desenvolver e a estabelecer no interior alentejano. O espólio estende-se até ao período visigótico.
Esta obra envolve um investimento de 2,5 milhões de euros, comparticipado em 85% por fundos comunitários.
O concelho de Mora tornou-se internacionalmente conhecido através dos trabalhos realizados por V. Correia em Pavia, logo nas primeiras décadas do século XX.
A sua importância tornou-se muito relevante nas últimas décadas, com a identificação de um conjunto de monumentos que são únicos na Península Ibérica, como o Alinhamento e Necrópole do Monte da Têra (Pavia) ou o Cruciforme Megalítico do Alto da Cruz (Brotas), este último foi alvo de reportagem pela revista “National Geographic” em 2013, por ser caso único, além de apresentar uma grande variedade nos seus monumentos funerários.