Alunos dos cursos de Biologia Marinha e de Biologia da Universidade do Algarve (UAlg) ajudaram a causa do movimento Combate à Indiferença e Abandono Animal (CIAA) com 30 quilos de ração e 10 quilos de areia para gato, no âmbito de uma iniciativa de praxe solidária realizada na sexta-feira, que envolveu caloiros e alunos do 3º ano deste curso.
Esta não é a primeira vez que os futuros biólogos aproveitam a receção aos novos alunos para apoiar esta causa. Os alunos que agora estão no 3º ano de Biologia Marinha já tinham participado numa praxe semelhante, há dois anos, quando eram caloiros, e decidiram proporcionar aos seus novos colegas esta experiência, quando lhes coube a vez de praxar.
Os estudantes de 1º ano tiveram a oportunidade de conhecer de perto o trabalho realizado por esta instituição, que tem «38 animais a seu cargo, muitos deles doentes crónicos, e animais seniores que dificilmente encontrarão uma família, para além das que os acolhem temporariamente», segundo o CIAA.
Esta praxe bem diferente das tradicionais visou sensibilizar os novos alunos para a problemática do abandono de animais e para as dificuldades vividas por uma estrutura como o CIAA. E, além de gerar um efeito imediato – os donativos angariados – espera-se que tenha repercussões no futuro, já que este grupo informal de ajuda animal funciona exclusivamente com trabalho voluntário.
Tendo em conta que esta praxe parece que está a fazer escola nos cursos de Biologia Marinha e de Biologia, a esperança de ter mais colaboradores parece fundada.
«A doação oferecida pelos alunos será reencaminhada para uma família extremamente carenciada que tem a seu cargo diversos cães e gatos que foram resgatados da rua – alguns deles encontraram já o seu final feliz», concluiu o movimento.
Esta foi apenas uma das várias iniciativas de praxe solidária que foram promovidas, na passada semana. A ligação da receção aos novos alunos da UAlg a causas de instituições do Algarve foi uma das bandeiras da Associação Académica da Universidade do Algarve, no sentido de proporcionar alternativas à praxe tradicional, cada vez mais mal vistas pela opinião pública. O reitor da universidade algarvia António Branco proibiu, mesmo, algumas práticas que considera que atentam contra a dignidade e direitos dos alunos dentro dos campi da UAlg e prometeu mão pesada para os que não cumprirem.
Além da solidariedade, também o desporto serviu como veículo de integração dos novos alunos. Na quarta e quinta-feira da semana passada, foram promovidas diversas iniciativas, entre as quais aulas de surf e body board, às quais aderiram muitos caloiros, mas também alguns dos “académicos”, alunos do 3º ano que formam as chamadas comissões de praxe.
Na quinta-feira, como o Sul Informação pode testemunhar, o clima e o mar ajudaram e cerca de três dezenas de novos alunos aprenderam os conceitos básicos destes desportos, ensinados pelos instrutores do clube de surf da Praia de Faro, que também forneceu todo o material necessário.
Veja as fotos das praxes alternativas na Universidade do Algarve:
