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Os dois concursos para médicos de família lançados em Junho e em Novembro no Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Barlavento, e contemplando a contratação de profissionais para Lagoa e Ferragudo, não receberam qualquer candidatura, revelou hoje a Administração Regional de Saúde (ARS), em resposta às críticas feitas pela Câmara de Lagoa, em comunicado.

«Em Junho, foi aberto um concurso de médico de família, contemplando 30 vagas no Algarve, das quais 15 no ACES Barlavento e destas 1 para Ferragudo e 2 para Lagoa. Infelizmente não houve colocação por inexistência de candidatos», diz a ARS. O mesmo se passou em Novembro, quando foi «aberto concurso de colocação de médicos de medicina geral e familiar, contemplando 13 vagas no Algarve, dos quais 8 no ACES Barlavento, entre elas, 1 para Ferragudo e 1 para Lagoa. Infelizmente não houve colocação, por inexistência de candidatos».

A ARS sublinha que «há falta de médicos de família no concelho de Lagoa, assim como em outros concelhos do Algarve, um problema que, infelizmente, vem desde há vários anos», embora atualmente «mais de 80% da população» algarvia já tenha médico de família.

No caso de Lagoa, aquela entidade, em resposta a um pedido de esclarecimento enviado esta manhã pelo Sul Informação, revelou que «o número de utentes registados no Centro de Saúde de Lagoa era, em Novembro, 11.330 com médico de família e 11.591 sem médico de família».

Segundo a Administração Regional de Saúde, «a falta de médicos especialistas em medicina geral e familiar tem sido sempre colmatada com a contratação alternativa de médicos de clínica geral, em modalidades diversas (ex. acordo com Cuba; prestação de serviços com empresas; contratos a termo, etc.), o que tem sempre garantido o acesso à prestação de cuidados de saúde primários a todos os cidadãos do Algarve».

No caso concreto do concelho de Lagoa, acrescenta aquela entidade, «existe, na sede do Centro de Saúde, um serviço de consulta de recurso que funciona diariamente entre as 14 e as 20 horas, para atender os utentes sem médico de família atribuído e também as situações de doença aguda».

Além disso, para a sede e extensões de saúde do concelho de Lagoa (Ferragudo, Estômbar e Parchal), são «solicitadas 120 horas semanais de serviços médicos a uma empresa».

Quanto ao facto de a recém inaugurada Unidade de Saúde Familiar (USF) Atlântico Sul, de Portimão, ter significado a saída de médicos e outro pessoal do Parchal, a ARS garante que os cuidados médicos nessa Extensão de Saúde «têm vindo a ser assegurados parcialmente pela própria médica» que é agora coordenadora da USF em Portimão, «assim como, complementarmente, por médicos de empresa, situação que se manterá até final do corrente ano».

Para o próximo ano de 2017, a ARS Algarve anuncia que está «prevista uma prestação de serviços em regime de avença para um profissional médico, prestação esta que se encontra em fase de remissão do convite à profissional indicada pelo ACES Barlavento».

Ou seja, haverá pelo menos a colocação de uma médica, o que não soluciona os problemas da falta de assistência no concelho de Lagoa, agudizados pela saída recente de profissionais para a nova USF de Portimão.

sulinformacao

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