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O ciclista algarvio Amaro Antunes, que corre pela W52/Futebol Clube do Porto, venceu, ontem, dia 5 de Março, a Clássica da Arrábida, que ligou Setúbal ao Castelo de Palmela, ao longo de 186,6 quilómetros. De Mateos, do Louletano/Hospital de Loulé, ficou em quarto lugar, Joni Brandão, do Sporting/Tavira, alcançou o sétimo posto, seguido do colega de equipa Frederico Figueiredo.

Tal como quando venceu na última etapa da Volta ao Algarve, no Alto do Malhão, Amaro Antunes, que completou a tirada em 4h6min34seg, disparou para a vitória nos últimos 2,6 quilómetros, sempre a subir, num terreno, primeiro em terra batida, e depois em empedrado.

Sérgio Paulinho, da Efapel, seguiu uma estratégia diferente, tendo mantido o próprio passo. Apesar de se ter aproximado de Amaro Antunes, o experiente ciclismo acabou por ficar a dois segundos do corredor da W52/FC Porto, contribuindo, todavia, para a vitória coletiva da Efapel.

O terceiro, com o mesmo tempo de Paulinho, foi o norueguês Andreas Vangastad (Team Sparebanken Sor).

A Clássica da Arrábida teve duas fases distintas: os primeiros 110 quilómetros ficaram marcados pela velocidade, que endureceu a prova mesmo na sua fase mais plana.

Nesse período houve cinco homens a destacarem-se, pedalando em fuga: Logan Owen (Axeon Hagens Berman), Dmitrii Sokolov (Lokosphinx), Pierrick Naud (Rally Cycling), Trond Trondsen (Team Sparebanken Sor) e Samuel Caldeira (W52/FC Porto).

Logan Owen aproveitou para se sagrar rei dos trepadores. A fuga, na altura, foi perdendo elementos com a entrada nos últimos 70 quilómetros, onde se encontravam cinco contagens de montanha. O pelotão – ou o que dele restava – entrou compacto na zona de terra, onde acabaria por se dar o ataque de Amaro Antunes.

«Tal como acontecera na Volta ao Algarve, a equipa trabalhou desde muito cedo para que a vitória fosse possível. Depois da penúltima subida deu-se uma queda e eu acabei por ficar sozinho. Como o grupo já estava muito fracionado, ataquei de longe e, felizmente, consegui ganhar. Agradeço aos meus colegas do fundo do coração», afirmou Amaro Antunes.

A vitória na Clássica da Arrábida deixou o algarvio como grande favorito à conquista do Troféu Liberty Seguros, estando na segunda posição, em igualdade pontual com o jovem spinter Francisco Campos (Miranda/Mortágua), que continua também em primeiro na classificação da juventude.

«Fui à luta e, apesar de não estar à espera, consegui segurar a liderança. Na próxima corrida tudo pode acontecer, mesmo que, em teoria, seja mais favorável aos trepadores», reconhece Francisco Campos, que, ainda assim, promete tentar conservar a camisola amarela.

O Troféu Liberty Seguros termina no próximo domingo, dia 12 de Março, com a realização da Clássica Aldeias do Xisto, uma corrida de 140,6 quilómetros, com início na Aldeia da Barroca, no Fundão, e chegada na Aldeia de Cerdeira, em Lousã. A meta coincide com uma contagem de montanha de segunda categoria.

 

Classificação Clássica da Arrábida:

1º: Amaro Antunes (W52-FC Porto), 4h36m34s
2º: Sérgio Paulinho (Efapel), a 2s
3º: Andreas Vangstad (Team Sparebanken Sor), mt
4º: Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), a 17s
5º: Edward Dunbar (Axeon Hagens Berman), a 19s
6º: Manuel Sola (Caja Rural-Seguros RGA), a 26s
7º: Joni Brandão (Sporting-Tavira), a 31s
8º: Frederico Figueiredo (Sporting-Tavira), a 36s
9º: Igor Merino (Burgos BH), a 38s
10º: Mario González (Sporting-Tavira), a 41s

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