O Instituto da Segurança Social já abriu um processo de auditoria financeira à Fundação Irene Rolo, em Tavira, depois de ter recebido, «via email, uma denúncia/exposição» sobre alegadas irregularidades naquela instituição.
O ISS, em resposta às questões que lhe foram colocadas pelo Sul Informação, apesar de não revelar qual a autoria do email de denúncia, nem quando o recebeu, acrescenta que «a Unidade de Fiscalização do Algarve do Departamento de Fiscalização deste Instituto procedeu, de imediato, à abertura de uma auditoria financeira».
O Instituto da Segurança Social, nas suas respostas, explica que «por definição, este tipo de intervenção integra procedimentos complexos e morosos, já que implicam, nomeadamente, a avaliação de todos os procedimentos contabilísticos e sistema de controlo interno instituído na entidade».
No caso concreto da «denúncia/exposição» recebida, o Instituto diz que «é muito vaga, porque não concretiza quaisquer factos dos que alega serem irregulares, nem os agentes dessas práticas».
Por isso, a Segurança Social diz que «será necessário recorrer à audição formal do denunciante, em ordem a obter a clarificação dos factos em que a denúncia/exposição se alicerça».
As alegadas irregularidades na Fundação Irene Rolo foram denunciadas publicamente por Macário Correia, presidente demissionário da instituição. Tal como o nosso jornal revelou, o ex-autarca acusou administradoras da fundação de se servirem da IPSS.
Segundo Macário Correia, várias irregularidades, como a cobrança de deslocações e outras despesas que nunca foram feitas, o pagamento de remunerações, em benefício próprio, sem comunicação à Segurança Social e a manutenção de uma das administradoras como funcionária da Fundação Irene Rolo, apesar de há muito ter atingido a idade de reforma, custaram aos cofres da instituição cerca de meio milhão de euros.
Nas respostas enviadas ao Sul Informação, o Instituto da Segurança Social adianta que, em 2014, aquela entidade «realizou uma ação de fiscalização a três respostas sociais da Instituição em causa, relativamente às condições de organização e funcionamento». Mas tal fiscalização não detetou, então, nada de anormal.