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Rodrigo Leão, Ana Moura, o brasileiro Bnegão e os romenos Fanfare Ciocarlia vão atuar na edição de 2017 do Festival MED de Loulé, que vai decorrer entre 29 de Junho e 2 de Julho. 

Além destes, foram anunciados esta tarde, na apresentação na BTL, em Lisboa, em que o Sul Informação esteve presente, mais oito nomes: Mayra Andrade (Cabo Verde), Fábia Rebordão (Portugal), Marta Ren (Portugal), Tout-Puissant Orchestre Poly-Rythmo de Cotonou (Benin), Rachid Taha (França/Argélia), Canzoniere Grecanico Salentino (Itália), Akua Naru (EUA) e Throes+The Shine (Portugal/Angola).

Parece muito, mas ainda falta o anúncio de mais de 40 bandas até o cartaz do MED 2017 estar fechado, uma vez que serão 55 os artistas/grupos que vão subir aos oito palcos que serão distribuídos pelo Centro Histórico da cidade louletana, num total de 20 nacionalidades.

Ao todo serão 75 horas de música, um recorde para o festival, segundo adiantou Hugo Nunes, vice-presidente da Câmara de Loulé na apresentação na FIL, que contou com as presenças de Mayra Andrade e Fábia Rebordão.

Rodrigo Leão não esteve presente, mas deixou uma mensagem em vídeo onde confessou estar «muito contente por participar no MED».

Além da música, o MED volta a ter artesanato e gastronomia e, este ano, serão cerca de 80 os expositores.

Ao nível da animação de rua, serão cinco os grupos que vão garantir que a festa será uma constante durante o festival.

 

Os artistas já confirmados:

Tout-Puissant Orchestre Poly-Rythmo de Cotonou

Em estreia absoluta em Portugal, do Benin vêm os Tout-Puissant Orchestre Poly-Rythmo de Cotonou, uma banda mítica africana da década de 60 que voltou à ribalta em 2009. Afrobeat, funk, soukous e outros estilos baseados nos ritmos vodun marcam o variado leque musical que tornou este agrupamento numa referência no contexto da World Music.

Bnegão

https://youtu.be/4okaHBDhMGY

Também a atuar pela primeira vez no nosso País, o brasileiro BNegão tornou-se conhecido como vocalista da banda de rap Planet Hemp. A fusão do hip-hop, rap, reaggae, rock e funk brasileiro, aliado a letras com uma forte crítica social levaram ao reconhecimento, tanto pela imprensa especializada, como pelo público, o que lhe valeu o prémio VMB MTV 2012 para melhor álbum do ano, bem como uma participação na cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

Fanfare Ciocarlia

Os ritmos balcânicos regressam ao Festival MED através do fulgor da Fanfare Ciocarlia. Originária da Roménia, esta fanfarra assinala 20 anos de carreira e irá proporcionar ao público do MED um concerto verdadeiramente alucinante. Não é por acaso que é conhecida pela rapidez e complexidade dos ritmos do clarinete, saxofone, trompete e outros instrumentos que, por vezes, emitem mais de 200 batidas por minuto. Destacaram-se também pelas suas reinterpretações de temas como “Born to be Wild”, “Summertime” ou “James Bond Theme”.

Rachid Taha

O franco-argelino Rachid Taha, autor e intérprete de clássicos como “Ya Raya”, “Menfi”, “Voilà Voilà” ou “Ida”, sobe ao palco do MED para interpretar a música tradicional da Argélia, Rai, mesclada com outros géneros como o rock, eletrónica ou indie, com a sua voz rouca que o destaca dos seus congéneres. É conhecido também pelo som único que transmite com o “mandolute”, uma espécie de oud, que junta a instrumentos musicais elétricos e eletrónicos. Através das suas letras marcadamente ativistas, exalta as suas raízes argelinas, a discriminação racial e os problemas dos imigrantes em França, país onde vive. É dos nomes que, ano após ano, é mais solicitado pelo público para integrar o cartaz do Festival MED.

Canzoniere Grecanico Salentino

A Itália vai estar representada nesta edição do Festival MED com a Canzoniere Grecanico Salentino, grupo de folclore tradicional de Salento.

Através da música e dança, fazem uma abordagem contemporânea ao estilo musical característico do Sul de Itália, a pizzica. Vencedores do Best Italian World Music Group, no Festival Meeting of Independent Labels, em 2015 lançaram o seu álbum Quaranta (40), com o produtor Ian Brennan, vencedor de um Grammy.

Akua Naru

A mistura dos ritmos do hip-hop, aliados à consciência social e a elementos do soul-jazz marcam a carreira de Akua Naru. Associada ao movimento artístico do hip-hop da década de 90 e de atuações como as de Lauryn Hill & The Roots, esta cantora norte-americana tem sido muito bem aceite pelos seus pares, sobretudo pela força das suas palavras. Com um poderoso lirismo poético e talento para o “story telling”, Akua Naru tem a habilidade de integrar narrativas históricas na sua música com uma eloquência incomparável. Vem a Loulé apresentar o seu mais recente trabalho, “The Miner’s Canary”.

Mayra Andrade

Mayra Andrade, uma das grandes vozes de Cabo Verde, vai marcar presença nesta edição do Festival MED. A sua voz é uma mistura de tons radiantes, dançantes, batidas aveludadas e melodias apimentadas e representa bem o calor tropical das suas raízes. Até ao momento, a sua carreira é marcada por colaborações com artistas como Cesária Évora, Chico Buarque, Caetano Veloso, Mariza ou Charles Aznavour, e por diversas distinções, entre as quais o Prémio BBC Radio 3 World Music na categoria Revelação, tendo igualmente uma nomeação nos “Victoires de la Musique”, na categoria de World Music, com o álbum “Lovely Difficult”, de 2013.

Throes+The Shine

De regresso ao Festival MED, desta vez com a carreira consolidada e três álbuns na bagagem, os luso-angolanos Throes + The Shine trazem a mesma energia eletrizante a Loulé. Criadores do conceito “rockuduro”, uma fusão de rock e kuduro, ao longo da sua curta carreira têm estado nos quatro cantos do mundo para fazer parte de cartazes dos mais importantes festivais internacionais. No MED vão apresentar o seu mais recente trabalho, “Wanga”, que conta com colaborações do músico congolês Pierre Kwenders, a argentina La Yegros, a portuguesa Da Chick e os colombianos Meridian Brothers.

Fábia Rebordão

Dona de uma voz portentosa, Fábia Rebordão é unanimemente considerada uma das referências do novo fado. Embora o fado seja a sua grande matriz musical, as suas influências artísticas são diversas e vão da soul, à bossa nova, à morna, ao blues ou ao jazz. Em 2012 é distinguida pela Fundação Amália com o prémio Revelação Amália Rodrigues e o conceituado Jornal Expresso considera-a uma das 50 personalidades revelação do ano. Entre palcos nacionais e internacionais, o ano de 2016 marca o regresso de Fábia Rebordão aos discos. O mais recente álbum, que será apresentado em Loulé, conta com a participação de Rui Veloso, Jorge Fernando, Dino d’Santiago, Tozé Brito e Pedro da Silva Martins

Marta Ren

Entre as fronteiras da soul e do funk, com uma poderosa, Marta Ren vai estar de novo em Loulé depois de um concerto memorável na Noite Branca de 2015. A antiga vocalista dos saudosos Sloppy Joe vem apresentar o seu mais recente trabalho, aclamado pela crítica, depois do estrondoso êxito no Festival Eurosonic, na Holanda.

Rodrigo Leão

Dono de uma das mais interessantes discografias do nosso país, o músico e compositor Rodrigo Leão tem conhecido o sucesso dentro e fora de portas, facto que lhe tem permitido ter convidados de peso nos seus discos, como aconteceu com Ryuichi Sakamoto ou Beth Gibbons (Portishead). A música de Rodrigo Leão tem igualmente merecido os aplausos do público mais exigente e isso justifica que tenha sido escolhido pela Assembleia da República para a homenagem aos 40 anos do 25 de Abril que transformou a escadaria de São Bento num palco singular.

Ana Moura

Indiscutivelmente uma das mais bem-sucedidas artistas da atualidade, Ana Moura será a grande representante do fado na edição de 2017 do Festival MED. Com cerca de meio milhão de discos vendidos, mais de uma dezena de galardões e prémios tão importantes como dois Globos de Ouro, dois prémios Amália e um prémio SPA, Ana Moura é também a voz nacional mais reconhecida internacionalmente. Colaborou com artistas como Prince, Rolling Stones, Caetano Veloso, Herbie Hancock, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Orquestra Buena Vista Social Club, entre outros. Com o passar dos anos, a sua voz rouca e sensual libertou-se das amarras do fado para entrar por novos campos musicais como a pop ou a música tradicional portuguesa.

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