As instalações das Unidades de Saúde Familiar Lauroé, de Loulé, e de Albufeira, ambas provisórias, vão ser alvo de obras de reparação, para garantir condições mínimas de funcionamento até que seja encontrada uma solução definitiva. Segundo revelou ao Sul Informação o presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve, «até ao Verão» será colocada uma nova cobertura nos módulos pré-fabricados onde as USF funcionam, para evitar as infiltrações de água que se têm verificado.
«Para já, vamos fazer um investimento numa nova cobertura que vai evitar os problemas existentes. Esse é um processo que estamos a terminar e que teremos concluído até ao Verão. Os edifícios não tiveram quase nenhuma manutenção ao longo dos anos [funcionam desde 2010]. (…) O investimento será de 40 mil euros mais IVA», disse Paulo Morgado, em entrevista ao nosso jornal.
Em Dezembro passado, o Sindicato dos Enfermeiros denunciou a falta de condições das duas unidades de saúde algarvias, ambas a funcionar em instalações provisórias. Alegaram mesmo que foram dadas consultas médicas em salas onde entrava água, ilustrando a sua denúncia com uma fotografia de um clínico com um guarda-chuva aberto dentro do consultório.
Na altura, apesar de garantir que consultas à chuva só poderão ter acontecido com o desrespeito pelas regras, a ARS do Algarve admitiu que as condições não eram as ideais. Por outro lado, anunciou que estava a ser negociada com as Câmaras de Loulé e Albufeira a cedência de terrenos para construção de novos edifícios para albergar as USF.
Cerca de quatro meses passados e depois da entrada de um novo presidente na ARS do Algarve, terá havido pouca evolução nesses processos.
«Isto ainda está numa fase algo embrionária, mas de certeza que vamos chegar a acordo com as Câmaras de Loulé e Albufeira. Estamos em conversações. A Câmara de Loulé está a resolver um problema com os terrenos para iniciarmos o processo. Com Albufeira, só tive um primeiro contacto com o presidente da Câmara e não sei ainda em que ponto é que estamos. Mas sei que há toda a vontade da parte da autarquia para encontrar uma solução», enquadrou Paulo Morgado, na sua entrevista ao Sul Informação.
