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“Não à destruição do que Resta do Património Arquitetónico de Faro” é o mote para a sessão pública, seguida de debate, que vai ter lugar esta sexta-feira, dia 5 de Maio, a partir das 21h30, no Club Farense, em Faro.

A sessão vai contar com a participação do arquiteto Filipe Monteiro, responsável, segundo o grupo de cidadãos promotor do debate, pela «reabilitação exemplar» de inúmeras casas na baixa de Olhão, e de Fernando Silva Grade, artista plástico e ativista da defesa do património.

Na plateia, vão estar inúmeros arquitectos, construtores civis, bem como representantes da autarquia de Faro, a quem será também pedido um contributo para esta discussão. A moderação vai estar a cargo da jornalista e socióloga Raquel Ponte.

Com este evento, os promotores pretendem «alertar a população para os perigos iminentes da descaracterização e da gentrificação do património histórico da cidade, fruto da febre imobiliária dos últimos tempos, que ameaça uma cidade que não pode suportar mais aumentos desmedidos de volumetrias, nem a perda da sua identidade, sob pena de se tornar irrespirável e estéril».

Neste momento, acrescentam «é também o Centro Histórico de Faro que está a sofrer o impacto de reabilitações desastrosas que põem em causa a sua identidade histórica».

Na sequência da recente destruição de mais um pedaço de arquitetura tradicional e de história da cidade de Faro, que muito indignou uma faixa alargada de cidadãos, foi constituída uma comissão de cidadãos encarregada de organizar um conjunto de iniciativas no sentido de contestar a política urbanística em curso, que, segundo essa comissão, «aparentemente, se prepara para incorrer nos mesmos erros gravíssimos que ocorreram no boom da construção nos anos 80 e 90 do século passado, que tanto delapidou o património histórico e a identidade de Faro». Este evento, insere-se, por isso, nessa «dinâmica de cidadania ativa».

Esta comissão tem ainda uma petição a decorrer na internet, que conta já com quase meio milhar de assinaturas, e está, também, a ser distribuído à população um comunicado informativo sobre os perigos iminentes que ameaçam uma cidade que não pode suportar mais aumentos desmedidos de volumetrias sob pena de se tornar irrespirável.

«Para salvar o que ainda resta, urge que a força dos cidadãos se assuma como um poder legítimo da expressão do sentir genuíno da população consciente de Faro», conclui o grupo de cidadãos, que apela à participação de todos no debate de sexta-feira, que tem entrada livre.

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