O MIM-Movimento de Independentes do Montenegro não vai participar «de forma isolada ou em coligação, nas próximas eleições autárquicas agendadas para 1 de Outubro de 2017». Depois de ter ido a votos em 2005, 2009 e 2013, o movimento decidiu “arrumar as luvas”, por considerar que a missão a que se propôs de contribuir para a melhoria e estabilização da liderança da freguesia, foi cumprida.
A decisão foi tomada por unanimidade na última reunião da direção do movimento, constituída por João Beles, João Amaro, Nuno Grade, Diamantina Gonçalves e Marco Gouveia.
«A Direção do MIM considera que na sua génese e espírito fundacional não se encontra prevista a participação em todos os momentos eleitorais mas sim apenas quando a situação da freguesia o justifique, ou seja quando a sua ação se afigure decisiva para alterar o status quo instalado», consideraram.
Era essa a situação em 2005, ano em que o que começou como um movimento cívico avançou para o campo político, assegura a direção do movimento. Nessas Eleições Autárquicas, o MIM obteve 499 votos, elegendo dois membros para Assembleia de Freguesia, o que permitiu «quebrar um ciclo de gestão pouco participativa e obsoleta do território».
Em 2009 e 2013 o movimento foi a votos inserido na coligação liderada pelo PSD e «contribuiu decisivamente para duas vitórias que permitiram obter a maioria na Assembleia de Freguesia e consequentemente alguma tranquilidade no executivo».
«A Direção do MIM faz um balanço positivo destes 12 anos de participação ativa nos órgãos da Freguesia do Montenegro, período no qual a Junta de Freguesia se modernizou, desenvolveu inúmeras ações de proximidade com os seus fregueses, conquistando a sua confiança e respeito, e conseguiu ainda concretizar um dos seus sonhos antigos – possuir instalações próprias e adequadas ao exercício das suas competências», acrescentou o MIM.
Apesar desta posição, os dirigentes do movimento dizem não haver «nenhum constrangimento ou obstáculo que impeça os seus membros, de forma individual, integrem listas de outras forças partidárias».