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«Se um dia alguém me dissesse assim: quiçá possamos ganhar a Eurovisão com um baladão diria que era a gozar». É assim que o Môce dum Cabréste (o algarvio Dário Guerreiro) começa, ao som de “Amar pelos Dois”, a sua paródia “Caímos de pé”, na qual imita a canção que Salvador Sobral vai interpretar esta noite na final do Festival da Eurovisão.

Nesta sátira, Dário, com o seu característico, mas mais leve, sotaque algarvio, aparece, no palco do TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, vestido ao estilo de Salvador Sobral, usando até uma peruca.

Em declarações ao Sul Informação, o humorista reconheceu que «não é difícil uma pessoa apaixonar-se» pela música “Amar Pelos Dois”.

Assim que esta balada venceu o Festival da Canção a «ideia de fazer uma paródia foi imediata e falei logo com a minha amiga, e magnífica pianista, Laura Quaresma para me ajudar com o instrumental», explicou.

«Ficou também logo decidido o dia em que o vídeo iria sair: 2 de Maio, na semana antes da Eurovisão, para aproveitar a altura de maior buzz em torno do evento e começámos a trabalhar tendo em vista esse prazo», acrescentou.

E a verdade é que o vídeo é um verdadeiro sucesso no Youtube, contando com quase 242 mil visualizações, apesar de o Môce dum Cabréste dizer que já fez outras paródias «com um índice de “viralidade” muito maior».

«Se esperava o sucesso? Confesso que, em termos de número de visualizações, estava mais ou menos a contar que fosse isto (por volta de 200 mil, porque é um número que outras paródias atingiram facilmente), só não contava que acontecesse uma semana depois de ter lançado o vídeo. Senti que as pessoas também iriam gostar, se se tratasse de uma paródia bem humorada, minimamente bem executada, mas em tom de homenagem e sem qualquer tipo de escárnio gratuito», disse ao nosso jornal.

A preparação para a paródia envolveu, não só a ajuda de Laura Quaresma, mas também do TEMPO, que cedeu o espaço, e de Joel Filipe Duarte, que filmou o vídeo. A escrita de “Caímos de pé” ficou a cargo do humorista.

Dário Guerreiro considera que escrever «letras para paródias é algo que costuma ser descurado por muita gente, que faz versões de músicas existentes», mas é necessário «muito cuidado para que nova métrica seja igual à original e frequentemente não é isso que se verifica».

Esta noite Salvador Sobral vai tentar, em Kiev, trazer para Portugal o primeiro “título” na Eurovisão. «Tento não pôr nos ombros do Salvador o peso da vitória. Estou certo de que fará o seu melhor e não restam dúvidas de que estamos muitíssimo bem representados. Se não ganharmos não é por culpa dele ou da canção. Mas estou confiante de que conseguiremos, pelo menos, o melhor lugar de sempre na Eurovisão, superando o 6º de 1996», realçou Dário Guerreiro.

Por isso Portugal… vai sempre “cair de pé”. E se a vitória não nos sorrir, o Môce dum Cabréste já traçou um cenário futuro: «belgas, suíços e checos, não sejam badamecos e votem em Portugal. Se não nos derem o triunfo, para o ano o nosso trunfo é a Maria Leal».

sulinformacao

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