De um edifício desadequado e antigo, as instalações da Polícia Judiciária em Portimão passarão para um local moderno, de 4000 metros quadrados, com «as funcionalidades de que a PJ precisa». O terreno, junto à Avenida V6, foi cedido pela Câmara Municipal e a obra deve começar em 2019 para estar pronta em 2021, com o objetivo de dotar a PJ de umas instalações «à altura dos pergaminhos da cidade».
Estas foram palavras de Francisca Van Dunem, ministra da Justiça, que esteve, esta segunda-feira, 29 de Maio, presente na assinatura do protocolo de cedência do terreno para as novas instalações do Departamento de Investigação Criminal da PJ.
A obra, que custará cinco milhões de euros, era, segundo a ministra, «prioritária», e acabou mesmo por ser facilitada pela autarquia. «Este processo é exemplar da cooperação entre governo central e local», disse Francisca Van Dunem. Isto porque foi a autarquia a ceder o terreno, mas será o Ministério da Justiça a fazer as obras.
Para Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão, o dia é «muito importante» para a cidade e «para o Algarve». Apesar do valor «muito significativo» do terreno (347 mil euros), Isilda Gomes diz que «fizemos o que era nossa obrigação».
Além do terreno, também «há o compromisso de construir acessos, estacionamento e iluminação», acrescentou. Já Joaquim Rodrigues, presidente do Conselho Diretivo do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, considerou que o terreno tem «todas as condições».
Com estas novas instalações, que vêm substituir as existentes na Rua do Pé da Cruz, o objetivo é também melhorar a imagem da cidade. «Olhando para as instalações atuais, não têm dignidade. Portimão e o Algarve são uma montra do país», disse a edil portimonense.
Por exemplo, no atual edifício da PJ, que foi construído para alojar apartamentos e lojas, não há elevador, o que dificulta o trabalho da Polícia. Já nas futuras instalações haverá «espaços adequados para inquirições, espaço para celas» ou «entradas e saídas autónomas, para os funcionários e para o público», explicou a ministra.
Apesar das más condições atuais, Pedro Carmo, diretor nacional adjunto da Polícia Judiciária, realça que estes profissionais estão «habituados a trabalhar em quaisquer circunstâncias». «É um ato de justiça facultar aos funcionários condições adequadas, de conforto e de eficácia», acrescentou.
Já no que toca à PJ de Faro, Francisca Van Dunem, questionada sobre se também há obras previstas, disse estar a procurar «uma alternativa».
Fotos: Ana Madeira | Sul Informação