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Os utentes dos Cuidados de Saúde Primários de Lagos, Aljezur e Vila do Bispo podem, desde esta terça-feira, 30 de Maio, fazer exames de espirometria, após o alargamento, por parte da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, deste projeto.

Este projeto pioneiro da ARS Algarve arrancou no final de Dezembro de 2016 com a disponibilização nas unidades de Cuidados de Saúde Primários da Região de Saúde do Algarve dos equipamentos necessários para fazerem exames de espirometria à população.

O objetivo: «reforçar a prevenção e diagnóstico precoce da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e garantir um tratamento adequado e articulado entre os cuidados de saúde primários de proximidade e os cuidados de saúde hospitalares», adianta a ARS.

Até Abril deste ano, o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Central tinha realizado 594 exames de espirometrias e o ACES Sotavento realizou 205. No início de 2017, o projeto foi alargado ao ACES Barlavento, tendo sido realizados um total de 163 exames. Assim, no total somam-se, 962 exames feitos.

Este exame ao pulmão, conhecido como prova de Função Pulmonar e que mede o débito de ar através de um aparelho, encontra-se disponível no ACES Central (Faro), ACES Barlavento (Portimão e Lagos) e ACES Sotavento (Tavira e Vila Real de Santo António).

Assim, neste caso, os utentes de Aljezur e Vila do Bispo também poderão realizar este exame, desde que se desloquem a Lagos.

O exame de espirometria é indolor e não invasivo, utilizado em casos em que é necessário verificar se o utente sofre de doenças respiratórias com obstrução dos brônquios.

Para implementar este projeto, inserido no âmbito do Despacho n.º 6300/2016 do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde que determina que todos os ACES deverão até final de 2017 ter consultas de cessação tabágica e acesso a espirometria e a tratamentos de reabilitação respiratória, a ARS Algarve, com o apoio de pneumologistas do Centro Hospitalar do Algarve, realizou, no decorrer do segundo semestre de 2016 e em Janeiro de 2017, ações de formação de espirometria destinadas aos médicos dos três ACES da Região.

Estas iniciativas permitiram «disponibilizar esta nova oferta de exames nos Cuidados de Saúde Primários e uma ferramenta essencial para os profissionais de saúde na sua avaliação clínica», diz a ARS.

No mesmo âmbito existem atualmente 10 equipas de saúde que realizam consultas de apoio intensivo na cessação tabágica que abrangem todo o Algarve, distribuídas pelos três ACES, uma equipa na Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (DICAD), de Olhão, e duas equipas na unidade hospitalar de Faro do Centro Hospitalar do Algarve, além de equipas de Saúde Escolar e unidades de saúde pública dos ACES da Região algarvia que trabalham em prol da promoção da saúde e da prevenção do tabagismo, em meio escolar e na comunidade em geral.

Os utentes atendidos nas consultas de apoio intensivo na cessação tabágica são abrangidos pela dispensa de pagamento de taxas moderadoras, tal como os utentes a quem são realizadas espirometrias. Parte da medicação de apoio na cessação tabágica beneficia já de comparticipação, competindo ao utente adquiri-la nas farmácias.

Todos os fumadores que o desejem, podem ser atendidos numa consulta de apoio intensivo, tendo, contudo, acesso prioritário os fumadores motivados para mudar o seu comportamento e que encarem seriamente deixar de fumar nos próximos 30 dias.

Além da motivação, outro dos critérios para aceder a estas consultas é o nível de dependência, designadamente, os fumadores que não tenham cessado o consumo após tentativa apoiada por intervenção breve, ou que apresentem uma dependência elevada à nicotina associada a determinados critérios clínicos.

Para esta consulta de apoio intensivo na cessação tabágica são, ainda, referenciados todos os fumadores que apresentem determinadas patologias relacionadas com o tabaco ou critérios clínicos como cardiopatia isquémica, arritmias cardíacas ou hipertensão arterial não controladas, DPOC e tumor do pulmão, fumadores com outros comportamentos aditivos, fumadoras grávidas ou em período de amamentação, e mulheres em planeamento familiar.

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