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Para muitos municípios, seria um presente envenenado. Mas para Loulé, não. A Câmara louletana assumiu a competência de construir com meios próprios a onerosa obra de ligação entre a rotunda de Querença, junto ao Pavilhão Municipal, e a rotunda das Barreiras Brancas, que permitirá concluir a Circular Norte da cidade.

O protocolo de cedência da gestão de parte da ER270, a antiga Estrada Nacional que liga Fonte de Boliqueime a Tavira, e do troço da 1ª fase da Variante foi assinado esta quinta-feira, durante a cerimónia de celebração dos 30 anos de elevação de Loulé a cidade, onde marcou presença o secretário de Estado das Infraestruturas Guilherme d’ Oliveira Martins. Na prática, esta via passou das mãos da Infraestruturas de Portugal para o município louletano.

A Câmara fica, desta forma, com poder para intervir num troço de 16 quilómetros da ER270, entre o nó de Boliqueime da A22 e a fronteira de Loulé com São Brás de Alportel. Ganha, igualmente, a responsabilidade pela «gestão, manutenção e reparação do terreno ocupado pela estrada e seus elementos funcionais, como, entre outros, a faixa de rodagem, as bermas, as pontes e viadutos, equipamentos de sinalização rodoviária, de segurança da via e proteção ambiental, as infraestruturas de iluminação».

Uma solução que a autarquia aplaude, apesar da conclusão da Circular Norte ser «um investimento pesado», na ordem dos 3,3 milhões de euros. No entanto, este gasto permitirá «cumprir um sonho do concelho: a conclusão da Circular Norte», garantiu o presidente da Câmara de Loulé Vitor Aleixo.

«Graças a Deus, o concelho de Loulé está bem financeiramente e não precisamos do dinheiro do Poder Central. Só necessitávamos do acordo que assinámos hoje, para podermos resolver nós o problema. Vamos assumir, conscientemente e com sentido de responsabilidade, aquela que seria uma competência da Administração Central», resumiu o edil louletano.

Em causa, está um troço de menos de dois quilómetros, mas que acaba por ter uma importância fundamental na funcionalidade desta circular. É que, sem ele, quem chega a Loulé, vindo de Faro, é sempre obrigado a entrar na cidade, caso queira apanhar as vias principais que dão acesso tanto à zona Norte do concelho, como à zona poente.

Como explicou Joaquim Farrajota, responsável por este projeto, o troço a construir tem cerca de 1,7 quilómetros de extensão. Liga a rotunda de Querença, uma das extremidades da parte já concluída da circular, a poente, e a rotunda das Barreiras Brancas, na periferia da cidade, na saída para São Brás de Alportel, que tem ligação às rotundas junto ao Continente e perto do Palácio Fonte da Pipa, que marca a entrada da cidade, para quem vem de Faro.

Neste troço, ao contrário do que acontece entre a Zona Industrial de Loulé e a rotunda junto ao Pavilhão Municipal, apenas haverá uma via em cada sentido. A ideia é implantar uma artéria «de caraterísticas urbanas», que dê espaço tanto à circulação automóvel, como à mobilidade suave, nomeadamente às bicicletas e aos peões. Para isso, será construída uma ciclovia «com uma largura de 2,6 metros» e uma zona pedonal «de 2,4 metros». A separar as vias, haverá «uma zona verde».

O projeto prevê a construção de duas novas rotundas, «uma nas Barreiras Brancas, outra na Pedragosa, a partir do centro da Cidade», explicou Joaquim Farrajota.

A margem da sessão, Vítor Aleixo afirmou-se satisfeito com a solução encontrada e garantiu que a obra é para avançar o mais depressa possível, embora ainda não possa avançar datas.

«Estamos na fase de conclusão dos projetos. depois destes estarem finalizados e aprovados, teremos de negociar terrenos, que é uma parte morosa. De seguida, abriremos concurso público para execução da obra, mas não posso ainda dizer quando. Mas julgo que estaremos em condições de estabelecer um calendário para a obra dentro de alguns meses», explicou o presidente da Câmara de Loulé.

Quando estiver, finalmente, concluído, o novo troço da circular vai ajudar Loulé a tornar-se «ainda mais competitiva, no contexto das cidades do Algarve».

Na mesma sessão em que foi assinado o protocolo entre a IP e a autarquia louletana, a Câmara também apresentou o projeto da 2ª fase da Avenida do Atlântico, à entrada de Quarteira, que prevê a requalificação de mais um troço da EN396, neste caso, entre o limite da cidade e a rotunda do Vila Sol, no Semino.

E, aproveitando a presença de Guilherme de Oliveira Martins e do presidente da IP, Loulé divulgou um estudo, «que para já é apenas uma ideia», para criação de um polo intermodal no Parque das Cidades, centrado na Estação de Caminhos de Ferro ali existente.

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