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A Universidade do Algarve (UAlg) vai atribuir o título de Doutor Honoris Causa a Joaquim Romero Magalhães, no dia 12 de Dezembro, data em que a UAlg comemora mais um aniversário. 

Esta cerimónia, aberta a toda a comunidade, também marcará o início das comemorações do 40º aniversário da instituição.

A proposta de atribuir um doutoramento Honoris Causa a Joaquim Romero Magalhães foi apresentada pelo Conselho Científico da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS) e pelo Conselho Científico da Faculdade de Economia (FE) e aprovada, por unanimidade, pelo Senado Académico da UAlg, no dia 26 de Setembro de 2018.

Para Paulo Águas, reitor da UAlg, «trata-se de um justo e merecido reconhecimento a um brilhante académico algarvio, com um contributo inestimável para o estudo da história económica da região».

Joaquim Antero Romero Magalhães nasceu em Loulé no ano de 1942. Fez a Escola Normal e o Liceu em Faro. Na cerimónia da sua jubilação, em 2012, referiu-se a esse seu percurso na cidade de Faro como tendo sido determinante na sua formação, designadamente pelo convívio que aí teve com as classes mais desfavorecidas da cidade.

Licenciou-se em História na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em 1967. Obteve o grau de Doutor, em 1984, na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e integrou o corpo docente dessa Faculdade. Foi nomeado em 1994 professor catedrático daquela Universidade.

Durante o seu percurso de docente universitário foi professor convidado da École des Hautes Études en Sciences Sociales, de Paris (1989 e 1999), da Universidade de São Paulo (1991 e 1997) e da Yale University (2003). Coordenou o volume “Alvorecer da Modernidade”, vol. III da História de Portugal dirigida por José Mattoso (1993). Publicou recentemente “Vem aí a República! 1906-1910” (2009). Na Imprensa da Universidade está a reunir obra dispersa com o título genérico de Miunças, três volumes (2011-2012).

Joaquim Romero Magalhães também foi presidente do Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (1963), presidente da Associação Académica de Coimbra (1964), deputado à Assembleia Constituinte da República Portuguesa (1975-1976), secretário de Estado da Orientação Pedagógica dos governos presididos por Mário Soares (1976-1978), presidente do Conselho Diretivo da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (1985-1989 e 1991-1993); Comissário-Geral da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (1999-2002), e diretor da revista Oceanos (1999-2001).

A juntar a isto também foi membro da Comissão Consultiva das Comemorações do Centenário da República (2009-2011).

Atualmente dirige a revista “Anais do Município de Faro” A 18 de Abril de 2012 jubilou-se, tendo proferido a “última lição” na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

«Joaquim Romero Magalhães colaborou com a Universidade do Algarve desde os seus primórdios, defendendo esta instituição num dos momentos mais difíceis da sua instalação», diz a UAlg.

Nos seminários organizados em 1982 e 1983, subordinados à temática “Portugal Mediterrâneo, o Algarve no contexto português” e destinados à melhor integração dos emigrantes portugueses em férias no Algarve, Joaquim Romero Magalhães foi uma das personalidades que proferiram lições no âmbito dos programas dessas realizações.

A sua colaboração estendeu-se posteriormente a algumas edições do Mestrado em “História do Algarve”, assegurando blocos temáticos da componente escolar desse grau.

Participou em diversos júris de doutoramento que conduziram à qualificação do corpo docente da UAlg. «Pode referir-se os casos do António Rosa Mendes ou do José Carlos Vilhena Mesquita, criando com o primeiro uma relação de enorme proximidade que foi bruscamente cortada com a morte deste professor da Universidade do Algarve. Na sessão de homenagem que a Universidade do Algarve dedicou a António Rosa Mendes, Joaquim Romero Magalhães foi um dos oradores».

Promoveu, juntamente com Manuel Viegas Guerreiro, a publicação de duas descrições do Algarve do século XVI: Corografia do Reino do Algarve (1577), de Frei João de S. José, e História do Reino do Algarve (circa 1600), de Henrique Fernandes Sarrão. Dois textos fundamentais para compreender a história do Algarve.

A sua bibliografia inclui inúmeros trabalhos sobre o Algarve Económico, centrando-se especificamente nos séculos XVI, XVII E XVIII.

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