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Tal como vem sendo tradição, o mês de Julho marca o arranque do programa Ciência Viva no Verão, que inclui um conjunto de eventos de divulgação científica no âmbito da Astronomia.

Igualmente, é nesta altura do ano que a Terra se encontra mais afastada do Sol. Em 2013, a Terra atingirá o seu afélio (o ponto da órbita de maior afastamento do Sol) no dia 5 de Julho.

No dia seguinte, a Lua irá passar a poucos graus a Sul de Marte, o qual, tal como Júpiter, nasce por estes dias cerca de uma hora antes que o Sol.

Três dias após a Lua Nova de dia 8, é a vez de Vénus ser visitada pela Lua. Já no quarto crescente de dia 16, iremos encontrá-la junto a Saturno e à estrela Espiga da constelação da Virgem.

No dia 18, a Lua situar-se-á junto à constelação do Escorpião. Nesta constelação destaca-se Antares, uma estrela com cerca de 15 vezes a massa do Sol e 883 vezes o seu raio.

Vista do céu a Sudoeste pelas pelas 22 horas de dia 16. Igualmente é visível a posição da Lua na noite de dia 18

Apesar de Antares se encontrar num estado da sua vida bem mais avançada do que o Sol, tendo já consumido todo o hidrogénio do seu núcleo, os seus 12 milhões de anos fazem-na bastante mais nova do que o nosso astro, que tem cerca de 4,6 mil milhões de anos.

Devido ao seu brilho e cor avermelhada, os gregos antigos achavam que Antares rivalizava com o planeta associado ao seu deus da guerra (Ares), daí ser o anti-Ares.

Aquando da Lua Cheia de dia 22, poderemos encontrar Vénus a cerca de um grau a norte da estrela Régulo, a estrela mais brilhante da constelação do Leão.

Nessa mesma madrugada, Marte encontrar-se-á a menos de um grau a Norte de Júpiter. Tal ângulo corresponde a metade da largura de um polegar visto com o braço estendido.

Finalmente, o quarto minguante tem lugar na noite de dia 29.

Vista do céu a Nordeste pela 1 hora da madrugada de dia 28. Igualmente é visível o radiante da chuva de meteoros das delta Aquarídeas

Por estes dias (especialmente na noite de dia 27 para 28) ocorre uma chuva de meteoros que parecem surgir de um ponto (o radiante) situado na vizinhança da estrela delta da constelação do Aquàrio. Daí este fenómeno chamar-se chuva das Delta Aquarídeas.

Infelizmente a posição da Lua por estes dias irá dificultar a observação deste evento, contando-se em condições ideais com uma dezena de objetos por hora.

Boas observações!

 

 

Autor: Fernando J. G. Pinheiro (CGUC)
Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

 

 

 

 

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