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Existe uma comunidade de peixes pelágicos diversa na costa sul, onde está representada a sardinha, a cavala, a boga, o biqueirão e várias espécies de carapau (branco, negrão e do Mediterrâneo), enquanto na costa sudoeste, a boga e a cavala dominaram as amostras.

Estes são os primeiros resultados da campanha Pelago14, que terminou há pouco e foi promovida pelo Instituto do Mar e da Atmosfera (IPMA), cobrindo a zona da plataforma continental entre Gibraltar e Lisboa e prosseguiu até Caminha. O objetivo é avaliar a abundância de peixes pelágicos (sardinha, biqueirão, cavala, carapau) pelo método do rastreio acústico.

Por curiosidade, o IPMA refere a ocorrência de 14 peixes-lua (Mola mola) com comprimentos de 36 a 50 cm. «Embora a espécie seja comum nestas campanhas, o número de ocorrências este ano foi relativamente elevado».

Todos os exemplares foram libertados vivos após registo dos seus dados biométricos. O peixe-lua é o maior peixe ósseo conhecido e habita zonas temperadas dos Oceanos Atlântico e Pacífico.

Tem uma natação peculiar pelo facto de não ter barbatana caudal, deslocando-se com movimentos sincronizados das barbatanas dorsal e anal. Alimenta-se de zooplâncton e pequenos peixes e tem tipicamente grande carga de parasitas.

Este ano, a campanha Pelago está a ser realizada em simultâneo com a campanha MPDO, cujo objetivo é estimar a biomassa de sardinha adulta pelo Método de Produção Diária de Ovos.

Ambas as campanhas são financiadas pelo programa PNAB-EU DCF. O IPMA agradece o apoio das Organizações de Produtores da pesca do cerco para a realização destas campanhas.

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