A 16 de novembro de cada ano celebra-se, desde 1998, o Dia Nacional do Mar.
Neste mesmo dia, em 1994, entrou em vigor a Convenção das Nações Unidas Sobre o Direito do Mar, que estabeleceu um novo quadro jurídico para o direito do mar.
Foi no seu seguimento, e depois de, em 1997, Portugal ter assumido responsabilidades numa das áreas marinhas mais extensas da Europa e a maior da União Europeia (com uma dimensão de 18 vezes superior ao território nacional), que este dia foi institucionalizado por Resolução de Conselho de Ministros.
Foi, desta forma, considerado oficial e publicamente que o mar, nas suas diversas vertentes e valias, assumia uma importância incontornável para o país. Desde então, este dia tem vindo a ser comemorado regularmente através de eventos e iniciativas organizados pelas mais diversas instituições, desde museus a faculdades.
Todos os envolvidos pretendem, a cada 16 de novembro, alertar e consciencializar a sociedade para a importância e preservação do ecossistema marinho, bem como aproximar entre si os vários agentes que atuam no e para o mar.
E o 16 de novembro de 2012 não será exceção. Com atividades a decorrer um pouco por todo o país, atribuições de prémios, lançamentos de livros, inaugurações de exposições e uma panóplia de palestras e workshops sobre os mais diversificados temas estão à disposição de todos.
Em Lisboa, são de salientar as atividades da Sociedade Portuguesa de Geografia sobre o oceano, literacia e cidadania, bem como da Escola de Mar dedicadas ao mar, história, investigação e economia.
Mais a norte é de fazer uma visita ao Museu Marítimo de Ílhavo, onde a faina maior nos mares da Terra Nova e da Gronelândia e as fainas agromarítimas da Ria de Aveiro são as referências patromoniais.
A sul, o Centro de Ciências do Mar do Algarve abre as suas portas aos visitantes, dando a conhecer a investigação produzida nos laboratórios e apresenta um ciclo de palestras dedicadas ao mar, diferentes habitats e espécies.
E nas ilhas, não é de perder uma visita ao Museu da Baleia da Madeira, no qual o nome faz juz ao conteúdo disponível, ou ao Centro do Mar do Faial, parte do atual Observatório do Mar dos Açores e também antiga fábrica da baleia.
Seja no litoral continental ou num dos arquipélagos, esta é uma excelente oportunidade para aproveitar e conhecer as pessoas e as instituições relacionadas com o meio marinho, que estão de braços e portas abertas para nos receber a todos.
Assim, estando em museus, faculdades ou praias, estando com cientistas, educadores ou pescadores, temos muito para conhecer sobre a ligação histórica de Portugal ao mar bem como as inúmeras perspetivas futuras para este setor e para o conhecimento e conservação do habitat marinho.
Cristina Brito
Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva
Fotografia de autoria de Vera Jordão