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mudança da hora_relógioNeste mês, os planetas estarão (quase) todos visíveis ao amanhecer, com Vénus (a “hiper estrela”), Marte, Júpiter (a “super estrela”), e até por tempo limitado Mercúrio, visíveis antes do Sol se levantar.

Ao longo do mês, será ainda possível observar uma autêntica “dança” dos planetas, com Júpiter a afastar-se do Sol, passando primeiro por Marte e depois por Vénus, planeta que, entretanto, já parou de se afastar do Sol, começando novamente a aproximar-se do astro-rei.

O céu de outubro começa por nos reservar uma Lua em Quarto Minguante, no dia 4, com o nosso satélite a passar a apenas 1 grau de Vénus, na madrugada do dia 8.

No amanhecer do dia seguinte, serão quatro os objetos do Sistema Solar “empacotados” na constelação de Leão. Júpiter, Marte, a Lua e Vénus estarão dispostos quase em linha reta, com os dois das pontas (Júpiter e Vénus) separados por pouco mais de 12 graus (aproximadamente um punho fechado, à distância de um braço esticado).

O céu virado a Este, às 6 da manhã do dia 9 de outubro 2015. Quase em linha reta, estão respetivamente Júpiter (mais abaixo), Marte, a Lua num fino minguante, e Vénus. Um pouco mais à esquerda de Vénus está ainda a estrela Regulus (Alfa Leo), a mais brilhante da constelação do Leão. (Imagem: Ricardo Cardoso Reis /Stellarium)
O céu virado a Este, às 6 da manhã do dia 9 de outubro 2015. Quase em linha reta, estão respetivamente Júpiter (mais abaixo), Marte, a Lua num fino minguante, e Vénus. Um pouco mais à esquerda de Vénus está ainda a estrela Regulus (Alfa Leo), a mais brilhante da constelação do Leão.
(Imagem: Ricardo Cardoso Reis /Stellarium)

O amanhecer do dia 9 é também a altura do máximo da chuva de estrelas das Dracónidas, mas sendo uma chuva pouco intensa (embora tenha alguns surtos de maior intensidade), provavelmente não valerá a pena ficarem acordados de propósito para vislumbrar apenas um ou outro meteoro.

No dia 10, a Lua passará a 3 graus de Júpiter, e dia 11 a apenas 1 grau de Mercúrio. A Lua Nova ocorrerá no dia 13.

Dia 16, virados a Sudoeste ao anoitecer e separados por 3 graus, encontrarão a Lua e o único dos planetas visíveis a olho nu que não está visível de madrugada – Saturno.

Dia 17, ocorrerá o primeiro encontro cósmico do mês, com a conjunção (ponto de maior aproximação) entre Marte e Júpiter, com os dois separados por apenas meio grau.

O céu virado a Sudoeste, por volta das 19h30 do dia 16 de outubro de 2015. Saturno, e a Lua num fino crescente, estarão separados por 3 graus. (Imagem: Ricardo Cardoso Reis /Stellarium)
O céu virado a Sudoeste, por volta das 19h30 do dia 16 de outubro de 2015. Saturno, e a Lua num fino crescente, estarão separados por 3 graus.
(Imagem: Ricardo Cardoso Reis /Stellarium)

Dia 20, a Lua estará em crescente, e dia 23, Júpiter estará mesmo a meio entre Marte e Vénus, com estes dois últimos separados por apenas 5 graus.

No domingo, dia 25, muda da hora, altura em que saímos do horário de verão e voltamos ao verdadeiro horário solar.

Por isso, não se esqueçam de, às 2 da manhã (em Portugal Continental e na Madeira), atrasar os relógios uma hora. Como sempre, no Arquipélago dos Açores a mudança é feita à 1 da manhã (que passa a ser meia-noite).

Devido a esta mudança, no dia 24, o Sol, no Porto, nasce às 7:56, e no dia seguinte às 6:57. A diferença é de apenas 1 minuto (menos uma hora).

O segundo encontro cósmico do mês será entre o segundo e terceiro objetos mais brilhantes do céu noturno. A conjunção de Júpiter e Vénus ocorrerá no dia 26, altura em que os dois planetas passarão a apenas 1 grau um do outro.

Finalmente, quase a terminar outubro, a Lua Cheia, redonda “como um queijo”, ocorrerá no dia 27.

Boas observações!

 

Autor: Ricardo Cardoso Reis (Planetário do Porto e Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço)
Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

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