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Foto do enxame de estrelas das Plêiades (Imagem: Davide De Martin & ESA/ESO/NASA Photoshop FITS Liberator)

Fevereiro começa com Vénus, Marte e a Lua a formarem uma linha reta no céu, a Sudoeste, logo ao anoitecer. Vénus é aquela espécie de “super-estrela”, que temos visto (e vamos continuar a ver) a aparecer no céu, quando o Sol ainda se está a pôr. Já Marte, tem a aparência de uma estrela normal no céu, embora se distinga pela sua cor alaranjada.

Marte e Vénus têm vindo a aproximar-se um do outro no céu, aproximação que culmina no dia 2, quando os dois planetas estarão a cerca de 5 graus um do outro. A partir daí, Marte começa a afastar-se de Vénus, e no final deste mês, já estarão a quase 12 graus.

No dia 4, a Lua entrará no quarto crescente, e no dia seguinte, estará na constelação do Touro, ao lado da constelação de Orion (ou Orionte), o caçador.

Orion é facilmente encontrado nesta altura do ano, como o enorme retângulo de estrelas brilhantes, que tem dentro 3 estrelas, igualmente brilhantes, mas muito alinhadas. Estas estrelas representam o cinto de Orion, mas em Portugal são conhecidas como as Três Marias.

 

O céu virado a Sudoeste, às 21h00 do dia 5 de Fevereiro. O enxame de estrelas das Plêiades está destacado (Imagem: Ricardo Cardoso Reis /Stellarium)

 

Seguindo-as em linha reta para a direita, a pouco menos de dois palmos, vamos encontrar o enxame de estrelas das Plêiades. Em Portugal, também são conhecidas como o “sete-estrelo”, por ser este o número médio de estrelas que se conseguem observar a olho nu (em céus escuros).

Este enxame era usado pelos índios norte-americanos como teste de visão, pois quem conseguisse ver 6 ou menos estrelas, claramente não tinha visão apurada para ser caçador. Quem consegue ver 9 ou mais, tem visão acima da média.

Mas, na realidade, as Plêiades são um aglomerado de cerca de 500 estrelas, que nasceram da mesma nebulosa, há algumas dezenas de milhões de anos.

No dia 11, a Lua estará cheia, e na madrugada de dia 15 passará a apenas 4 graus do Planeta Júpiter. Se Vénus é a espécie de “super-estrela” que se vê no final da tarde, Júpiter é a espécie de “super-estrela” que se vê de madrugada.

No entanto, Júpiter está a afastar-se do Sol, no céu, e por isso está a nascer cada vez mais cedo. No início do mês, ele aparecerá por volta da meia-noite, mas no fim do mês já estará acima do horizonte por volta das 22h00.

No dia 18, a Lua atingirá o quarto minguante, e, a 21 de Fevereiro, já de madrugada, passará a cerca de 4 graus do planeta Saturno.

26 de Fevereiro é dia de lua nova, e no último dia deste mês mais curto do ano, um fino crescente passará a 10 graus do planeta Vénus.

Boas observações.

 

Autor: Ricardo Cardoso Reis (Planetário do Porto/Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço)
Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

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