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Foto: Schmidt Ocean Institute

Paulo Relvas, investigador do Centro de Ciências do Mar (CCMAR), da Universidade do Algarve, integra uma campanha oceanográfica do Schmidt Ocean Institute.

O navio R/V Falkor levantou amarras a 28 de Maio e vai terminar a viagem a 17 de Junho, com o objetivo de demonstrar novas metodologias de observação do oceano com veículos autónomos subaquáticos, de superfície e aéreos que estarão em contacto entre eles. Trata-se de uma expedição única, financiada pelo Schmidt Ocean Institute, um organismo estabelecido por Erik Schmidt, presidente da Google.

A expedição intitula-se “Exploring Front with multiple robots” e a equipa que integra é multidisciplinar, com destaque para a forte presença portuguesa: nove investigadores do LSTS-FEUP, nove do CIIMAR-UP, e um investigador do CCMAR.

Além destes, há ainda a bordo cientistas da Norwegian University of Science and Technology, Universidade Politécnica de Cartagena, Universidades de Rhode Island (Columbia), de Harvard (Estados Unidos da América), Sintef (Noruega), do Monterey Bay Aquarium Research Institute e da NASA-Ames dos Estados Unidos da América.

Foto: Bill Spencer | Schmidt Ocean Institute

O investigador do CCMAR mostra-se bastante entusiasmado com a expedição, pois, além dos resultados que se espera obter, é um projeto pioneiro, que visa o cruzamento de informação obtida a partir de vários meios.

A equipa do CCMAR que Paulo Relvas coordena tem um papel fundamental neste projeto, pois é responsável pelo envio das coordenadas de rastreio dos robots.

No fundo, o caminho que estes veículos vão seguir e o local por onde vão andar é dado pela orientação enviada diariamente pela equipa do CCMAR, que, desta vez, se encontra em terra bem firme a estudar os dados necessários a nível oceanográfico e de correntes marinhas, extremamente necessários para o sucesso da operação.

A área de estudo será a frente subtropical, localizada a aproximadamente mil milhas náuticas ao largo da costa do sul da Califórnia, que representa um limite entre as águas frias do provenientes do norte do Pacífico e as águas mais quentes e salgadas a sul.

Nesta área, a equipa utilizará veículos autónomos submarinos, de superfície e aéreos coordenados para encontrar, rastrear e amostrar propriedades físicas, químicas e biológicas da frente.

A combinação dos planos automatizados e a ingestão de dados em tempo real a partir de navios, robôs e várias outras fontes, pela primeira vez, fornecerá aos cientistas uma visão 4D do ambiente em torno do R/V Falkor, tanto a bordo como em terra.

sulinformacao

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