Um grupo de investigadoras do IPMA estudou recentemente a aplicação de modelos matemáticos para estimar a idade de juvenis de sardinha, tendo por base características morfométricas dos peixes (comprimento e peso individual) e dos otólitos (diâmetro e peso).
Os otólitos são estruturas calcárias que se encontram no ouvido interno dos peixes ósseos e que marcam a idade. «A leitura de otólitos de indivíduos juvenis para estimação de idades é um processo moroso e tecnicamente exigente», salienta o IPMA.
O método de estimação de idades pela aplicação de modelos matemáticos permite «aumentar consideravelmente o volume de informação de idade de juvenis».
Dado que as características individuais dos peixes e dos otólitos variam espacial e temporalmente, as investigadoras sublinham que os modelos investigados não são aplicáveis a outras áreas e períodos.
De uma maneira geral, as idades estimadas pelo modelo de regressão linear simples não apresentaram desvios significativos à idade observada nos otólitos.
Estes resultados mostram que a aplicação de uma regressão linear simples ao diâmetro dos otólitos é capaz de prever a idade de juvenis de sardinha com boa precisão e fornece estimativas fiáveis sobre a distribuição das datas de eclosão e sobre o crescimento.
O trabalho realizado pelas investigadoras Andreia Silva, Isabel Meneses e Alexandra Silva foi recentemente publicado na revista científica “Scientia Marina” e contou com o apoio do Programa Nacional de Amostragem Biológica.
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