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Investigadores da Universidade do Algarve (UAlg) estão a desenvolver tecnologia que permita usar microalgas para a produção de biocombustíveis.

Uma equipa de cientistas do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA), liderada por Sara Raposo, está a colaborar na implementação de uma estratégia para promover o desenvolvimento tecnológico da biotecnologia de microalgas nos setores da energia, saúde, cosmética e aquacultura, no âmbito da rede internacional “Algared+”.

«O Laboratório de Engenharia e Biotecnologia Ambiental do CIMA vai dedicar-se à exploração das energias renováveis, bioetanol, biodiesel e produção de biometano, além de outros produtos que possam ter interesse numa perspetiva de biorrefinaria», segundo Sara Raposo.

Paralelamente, outros grupos de investigadores vão dedicar-se «a outras áreas de exploração, com aplicabilidade na área da saúde, cosméticos e aquacultura».

Segundo a Universidade do Algarve, os investigadores do CIMA vão procurar «otimizar as condições de crescimento de microalgas para a produção de bioenergia, através do aproveitamento das diferentes frações da biomassa».

«O amido, açúcar de reserva, e a celulose e hemicelulose, presentes nas paredes das microalgas, irão ser hidrolisados em açucares mais simples, fermentáveis, que serão depois usados como fonte de carbono para produção de bioetanol. Os óleos serão caracterizados e, dependendo da sua composição, serão usados para a produção de biodiesel ou de produtos de elevado valor, e a biomassa residual poderá ainda ser usada para a produção de biogás, através da digestão anaeróbia», explicou a UAlg.

Apesar do principal enfoque do projeto ser a produção de biocombustíveis, também se tentará aliar esta atividade «à obtenção de produtos de interesse, tais como os carotenoides, pigmentos que se encontram na natureza com interesse no setor alimentar e da saúde».

Na visão de Sara Raposo, esta é uma área de investigação «de grande interesse a nível nacional e internacional, que está em ampla expansão, quer no desenvolvimento, quer na procura de novas alternativas ao nível das energias renováveis».

«O objetivo é contribuir para o desenvolvimento sustentável, através da exploração de recursos biológicos de uma forma sustentável e ambientalmente amigável, num conceito de biorrefinaria integrada, em que aliada à produção de energia teremos outros processos para a produção de produtos de elevado valor a partir da biomassa algal, ou seja iremos fazer uso de tecnologias de processamento limpas e ao mesmo tempo integradas», acrescentou a coordenadora do projeto.

Segundo a UAlg, a “Algared+” «é uma rede de internacional de excelência, constituída no âmbito do Programa Operacional EP-INTERREG VA Espanha-Portugal (POCTEP), formada por universidades, centros de investigação, empresas pública e privadas do setor da aquicultura, biomedicina e produção de microalgas».

sulinformacao

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