Por volta dos dias 5 e 6, a Terra atravessa o rasto de poeiras e pequenas rochas deixado pelo cometa Haley. Em consequência disso, ocorre a chuva de estrelas das eta Aquarídeas.
Este nome deve-se ao ponto do céu de onde os meteoros parecem surgir (o radiante) encontrar-se junto à estrela eta da constelação do Aquário a qual, por esta altura, nasce pelas três e meia da madrugada.
Por estes dias, a Lua encontra-se nesta mesma parte do céu, o que dificultará a observação da chuva de estrela das eta Aquarídeas, da qual se esperam menos de uma dezena de meteoros por hora.
O quarto minguante marca o início e o final deste mês de maio, respetivamente nos dias 2 e 31.
Na madrugada de dia 10, dar-se-á a Lua Nova. Por tal ocorrer quando a Lua está perto do plano da órbita da Terra em torno do Sol, terá lugar um eclipse solar. Mas dada a hora, nenhuma parte do eclipse será visível em Portugal.
Nesse dia, a Lua está mais afastada de nós do que é habitual durante outros eclipses. Assim vista da Terra ,a Lua nunca chegará a ocultar inteiramente o Sol. Na melhor das hipóteses, em certas partes da Austrália e do Oceano Pacífico será possível ver a Lua cobrir quase todo o disco solar, excetuando um anel ao seu redor: é o que se chama de eclipse anular
No dia 12, a Lua passará 3 graus a Sul de Júpiter, o qual se encontra junto a constelação do Touro. Já aquando do quarto crescente da madrugada de dia 18, iremos encontrá-la entre as constelações do Caranguejo e do Leão. Por sua vez, na noite de dia 22 iremos ver a Lua junto a Saturno e à estrela Espiga da constelação da Virgem.
Durante a Lua Cheia de dia 25, dar-se-á o segundo eclipse lunar dos três que decorrem este ano. Trata-se de um eclipse penumbral, no qual a Lua passa pela zona de penumbra da sombra da Terra (onde apenas parte da luz do Sol é bloqueada), passando a parecer-nos um pouco mais escura do que de costume.
Este eclipse terá início pelas 4h40 e termina pelas 5h40 (hora continental). Ao contrário do que sucede nos eclipses do Sol, não é necessário ter nenhum cuidado especial para se ver um eclipse da Lua.
Pouco depois do pôr-do-sol dos últimos dias do mês iremos deparar-nos com três planetas a Oeste: Mercúrio, Vénus e Júpiter. Estes encontrar-se-ão a distâncias de poucos graus uns dos outros. Ao observá-los ao longo de vários dias, podemos ver como a sua posição varia entre si, daí o seu nome: planetas, palavra que deriva termo do grego para astro errante.
Boas observações!
Autor: Fernando J.G. Pinheiro (CGUC)
Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva
Legendas
Figura 1:
Esquerda: vista do céu a nordeste pelas 5 horas da madrugada de dia 5, incluindo o radiante das Delta Aquarídeas.
Direita: vista do céu pouco depois do pôr-do-sol de dia 27. São igualmente visíveis as posições de Vénus e Mercúrio nos dias 23 e 31. (imagem Stellarium e Fernando J.G. Pinheiro)