Bullying é um termo inglês utilizado na descrição de atos de violência física ou psicológica praticados por um indivíduo, normalmente o “valentão” de um grupo ou turma. Em inglês, o bully. Podemos definir o cyberbullying como a prática de bullying recorrendo a tecnologias de informação como a Internet, telemóveis ou quaisquer outros meios digitais que permitam interação entre utilizadores.
Os ataques são normalmente dirigidos a indivíduos que não se podem defender. São, frequentemente, física ou psicologicamente mais fracos, pertencentes a minorias étnicas ou com maiores dificuldades de adaptação social.
Note-se que apenas falamos em cyberbullying quando ambos os envolvidos (agressor e vítima) são menores. Se o agressor for um adulto, este comportamento é considerado perseguição ou assédio de menores.
Não existe um padrão para definir o relacionamento entre atacante e vítima, podendo ser colegas de escola, de turma, da equipa de desporto, etc.
No entanto, é usual conhecerem-se da comunidade escolar. Quanto aos meios utilizados, estão apenas limitados pela imaginação do atacante e respetivos conhecimentos das novas tecnologias. Entre estes vetores de ataque, encontram-se: assédio através de Instant Messaging ou SMS, difamação em redes sociais, roubo de palavras-passe, utilização abusiva de identidade para publicação em blogues e redes sociais e envio de vírus e “malware”.
É de notar que grande parte dos danos sobre a vítima resultam, frequentemente, de roubo ou usurpação de identidade. Quanto às motivações, não existe um perfil concreto, podendo o espectro de justificações estar compreendido entre afirmação social, raiva, revolta, vingança, frustração ou mero entretenimento.
O roubo de identidade é uma das formas mais graves de que o cyberbullying se reveste, pelo que a consciencialização das crianças e jovens para a importância da proteção da privacidade é um fator preventivo.
Na frente reativa, importa referir que o combate a este tipo de ataques é um problema complexo. Tanto na escola como em casa, é muito importante que a vítima sinta o apoio necessário, tanto para reportar o problema, como para receber ajuda.
Sobretudo, pais e professores devem estar alerta para alterações radicais de temperamento e comportamento das crianças ou jovens a seu cargo e, sobretudo, nunca devem subestimar o impacto negativo que uma situação de cyberbullying pode causar.
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Mês Europeu da Cibersegurança
Este artigo é da autoria de especialistas do CERT.PT- Serviço de Resposta a Incidentes de Segurança Informática da FCCN-Fundação de Computação Científica Nacional e insere-se na campanha “Uma dica por dia” integrada no Mês Europeu da Cibersegurança, que tem lugar em Outubro de 2013.
O Mês Europeu da Cibersegurança é uma iniciativa da ENISA – Agência Europeia para a Segurança das Redes e Informação e o seu objetivo é informar os utilizadores sobre a importância da segurança da informação, bem como demonstrar algumas medidas simples para proteger os seus dados.
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