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Um grupo internacional de investigadores, entre os quais José Belo, investigador principal do Centro de Biomedicina Molecular e Estrutural (CBME/IBB) e professor do Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina da Universidade do Algarve, publicou um estudo que pode ajudar a compreender a etiologia de certas doenças humanas (situs inversus, heterotaxias, doenças cardíacas congénitas, etc.) em que a distribuição interna dos órgãos está alterada e/ou danificada, podendo, assim, contribuir para novos diagnósticos e tratamentos.

Publicado na semana passada pela revista Science, o estudo refere que a correta distribuição assimétrica (esquerda-direita, E-D) dos órgãos internos depende da interação de moléculas numa estrutura altamente sensível, o nó, localizada na linha central do embrião.

Esta estrutura é constituída por células que formam uma depressão central e é rodeada por uma coroa em forma de ferradura. Por sua vez, nas células do nó, existem pequenos cílios que ao girarem criam um fluxo de fluido unidirecional (da direita para esquerda) que desempenha um papel essencial na quebra de simetria E-D em embriões de ratinho.

Contudo, mantém-se ainda obscura a forma como este fluxo é detetado pelo embrião.

Neste artigo, conclui-se que o canal de Ca2+ PKD2, uma proteína localizada nos cílios, é necessário nas células da coroa peri-nodais para detetar este fluxo nodal.

Os resultados deste grupo de investigadores sugerem, assim, que o fluxo nodal é detetado de um modo dependente de PKD2 pelos cílios das células coroa localizadas no nó.

Mais ainda, que o gene Cerl2, que foi inicialmente identificado e estudado pela equipa do CBME como sendo essencial para o estabelecimento desta assimetria E-D, é o alvo principal da sinalização mediada por PKD2 na distribuição assimétrica E-D.

O artigo pode ser consultado aqui.

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