Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility

tsunami-isole-salomoneUm novo Sistema de Alerta de Tsunamis, desenvolvido pelo Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia (JRC), será testado em Setúbal (Portugal) no dia 2 de outubro.

A experiência irá avaliar a eficácia da análise em tempo real do nível do mar em acionar automaticamente os alertas à população em risco.

O novo sistema irá permitir o envio de um alerta na eventualidade de qualquer tipo de tsunami, seja ele de origem sísmica ou causado por um deslizamento de terras.

A configuração do sistema experimental consiste em duas componentes: um painel digital e um sistema de medição do nível do mar.

O painel digital – Dispositivo de Alerta de Tsunamis – está localizado no Parque de Albarquel em Setúbal. Está equipado com coletores de dados, uma sirene e altifalantes. O sistema de medição do nível do mar está localizado a três quilómetros do painel digital na costa de Setúbal.

Durante a fase de teste, os investigadores do JRC irão colocar o sistema de medição dentro de um simulador mecânico que irá simular a elevação do nível do mar correspondente a um tsunami.

No instante em que o sistema de medição detetar uma elevação significativa do nível do mar irá transmitir um sinal ao painel digital que, por sua vez, irá alertar as pessoas presentes no parque.

O objetivo deste teste é analisar se a transmissão em tempo real do sinal proveniente do sistema de medição para o painel digital é fidedigna e demonstrar que a medição do nível do mar pode ser usada eficazmente como mecanismo de acionamento do Dispositivo de Alerta de Tsunamis.

O dispositivo de alerta pode ser ativado manual ou automaticamente. As autoridades responsáveis pela monitorização de tsunamis podem acionar remotamente o painel digital sempre que haja necessidade de evacuação.

Alternativamente, no caso de um tsunami gerado por um terramoto, o painel pode ser automaticamente ativado utilizando um software desenvolvido no JRC que estima a altura da onda e o tempo de viagem com base no epicentro e magnitude do terramoto.

A conexão entre o dispositivo de alerta e os sistemas locais de medição do nível do mar pode permitir a ativação automática de um alerta no caso de ondulação perigosa de origem não sísmica, como as produzidas por deslizamentos de terras (deslizamentos subaquáticos ou desabamento de vulcões), relativamente aos quais os sistemas de alerta existentes baseados em sinais sísmicos não podem ajudar no alerta precoce.

Aumentar a distância entre a medição do nível do mar e o dispositivo, aumenta o intervalo de tempo disponível para reação, entre o alerta e a chegada da onda, dando assim mais tempo à população em risco nas praias para se abrigarem.

Dispositivos de medição localizados ao largo da costa e ligados remotamente ao painel podem aumentar este intervalo de tempo.

Esta experiência faz parte de uma atividade europeia de investigação que estuda novos métodos avançados para melhorar os mecanismos de alerta de desastres e reduzir os tempos de transmissão de alertas às populações em risco.

O JRC está a conduzir a experiência em colaboração com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Em Portugal, o IPMA é responsável pelo sistema nacional de alerta de tsunamis e comunica estes alertas à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), que por sua vez alerta a população em risco.

Em 2011, o JRC, o IPMA e as autoridades municipais de Setúbal concordaram em instalar o painel de alerta de tsunamis no Parque de Albarquel para apoiar a investigação do JRC nesta área e testar eventuais novos mecanismos.

sulinformacao

Também poderá gostar

Sul Informação

Estudantes descobrem como transformar resíduo do queijo e “fruta feia” em ecobebidas

O objetivo de transformar subprodutos das indústrias de queijo e hortofrutícola em alimentos saudáveis

Sul Informação

Equipa do Mestrado em Medicina mostra trabalhos inovadores feitos na UAlg em congresso internacional

Uma equipa do Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Algarve vai mostrar trabalhos

Sul Informação

Início de Junho teve temperaturas «muito superiores» ao normal e o calor ainda vai apertar

As primeiras duas semanas de Junho foram marcadas por «valores altos da temperatura máxima,