Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility

A Voyager 1 foi lançada há 35 anos, exatamente a 5 de Setembro de 1977. Depois de ter explorado, pela primeira vez, os planetas gigantes Júpiter e Saturno, encontra-se hoje para além dos limites exteriores do Sistema Solar, e é desde 1998 o “objeto tecnológico” mais longe da Terra alguma vez feito pelo Homem.

A Voyager 1 avança para o espaço interestelar a uma velocidade de 17 km/s (61 200 km/h) e encontra-se a uma distância do Sol que é maior do que 123 vezes a distância da Terra ao Sol.

Nesta exploração, cujo 35º aniversário se comemora neste ano de 2012, a sonda (assim como a sua irmã gémea Voyager 2) leva consigo informação sobre a vida na Terra, dirigidas a outras vidas no espaço interestelar: o famoso “Disco Dourado” que contem saudações em 55 idiomas terrestres, 155 imagens do nosso planeta, assim com 90 minutos de “música humana” e sons da biosfera.

A Voyager 1 comunica semanalmente com o centro de controlo no Laboratório de Propulsão a Jacto (JPL), em Passadena, Califórnia, via sinais de rádio captados pelo “Deep Space Network” (http://deepspace.jpl.nasa.gov/dsn/).

Voyager 1 numa nova região do espaço

Os dados enviados demoram, à distância atual, cerca 16 horas e 40 minutos a atingir a rede de grandes antenas instaladas em três locais do planeta Terra (Goldstone, na Califórnia, próximo de Madrid, em Espanha, e perto de Camberra, na Austrália).

Desde 28 de Julho passado que os dados que a Voyager 1 envia para a Terra indicam aos investigadores de que a nave poderá ter entrado numa nova região do espaço em que o campo magnético solar está alinhado com campos magnéticos externos ao nosso sistema solar.

Isto significa que a Voyager 1 poderá já ter saído mesmo da helioesfera, do casulo definido pelo campo magnético da nossa estrela. Apesar de serem necessários mais dados para confirmar estas indicações, o tempo é companheiro das novas explorações.

E a Voyager 1 continuará a explorar e a enviar mensagens sobre o espaço a caminho das estrelas, pelo menos até 2025, altura em que os três geradores termoelétricos de radioisótopos (a eletricidade é gerada a partir do decaimento de várias unidades de óxido de plutónio-238) deverão esgotar e silenciar-se… Mas as suas missões e feitos permanecerão edificantes na memória da exploração espacial.

 

Autor: António Piedade

Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

sulinformacao

Também poderá gostar

Sul Informação

Ano de 2018 começa com uma Superlua logo no dia 1

No primeiro dia do ano, a Lua atinge o perigeu: o ponto da sua

Sul Informação

Investigadores perdem bolsas enquanto esperam para ser contratados pela Universidade do Algarve

A lei já existe e 31 de Dezembro é o prazo limite para celebrar

Sul Informação

Investigadora da Universidade do Algarve premiada pela European Association for Cancer Research

Joana Apolónio, investigadora do Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR) da Universidade do Algarve,