A exposição “Síria”, que quer dar a conhecer este país através da lente de Pedro Barros, juntando-lhe os textos de Álvaro Figueiredo, é inaugurada no dia 2 de Março, às 17h00, na Galeria Municipal de São Brás de Alportel, e estará patente até 30 do mesmo mês.
A mostra convida a mergulhar na história milenar de um país de uma grande diversidade cultural, parte do chamado Crescente Fértil, onde as origens da agricultura e da vida sedentária se desenvolveram há cerca de 10.000 anos.
Mais tarde, a partir do V-IV milénios antes de Cristo (a.C), ao longo do vale do Eufrates, surgem as primeiras cidades e dão-se os primeiros passos no desenvolvimento da escrita.
A situação geográfica da Síria, entre a costa do Mediterrâneo, a ocidente, e o vale do Eufrates, a oriente, permitiu ainda o desenvolvimento, através dos séculos, das grandes rotas comerciais entre a Ásia e o mundo mediterrânico.
As imagens registadas por Pedro Barros (que também é arqueólogo) convidam ainda a viver a Síria presente, nas suas gentes e costumes, nas cidades árabes de Aleppo e Damasco, por entre edifícios com séculos de história mas ainda em utilização.
No encanto do canto do muezzine que dos altos minaretes convida o crente para a oração. Ou ainda nos cafés, onde entre os aromas exóticos do café e tabaco e o borbulhar do fumo do narguileh (cachimbo d’ água), ouvimos o contador de histórias a declamar os épicos de Alexandre ou do famoso herói Antar.
Pedro Barros nasceu em Lisboa em 1975. Exerce atualmente a profissão de arqueólogo na Direção-Geral do Património Cultural. Já Álvaro Figueiredo é especialista em Arqueologia do Próximo e Médio Oriente Antigo, e Língua Árabe.
O fotógrafo de “Síria” tem no seu curriculum diversas exposições individuais, como: “Foz Côa – o silêncio de um vale” (1996 – 2002, Lisboa, Mafra e Barcelona), “Marionetas” (1998 – 2004, Lisboa), “Ganhões” (2000 – 2002, Lisboa, Castro Verde, Tavira, Silves, Fortaleza de Sagres, Pontedera / Itália e Barcelona), “Amêndoas da Páscoa” (2001 – 2004, São Brás de Alportel, Fortaleza de Sagres e Castro Verde) e “Cortiça – Entre a Serra e o Mar” (2003 – 2010, Moita, Redondo, São Brás de Alportel e Silves).